Eriberto Rafael homenageia coreógrafos de bandas e fanfarras

A solenidade, iniciada às 19h, foi presidida pela vereadora Ana Lúcia (PRB).  A mesa foi composta pelo vereador autor da homenagem; o coordenador de Ações Culturais da Secretaria Estadual de Educação e presidente da Confederação Nacional de Bandas e Fanfarras, Waldenilson Cunha; o presidente da Associação de Bandas de Fanfarras de Pernambuco, Maurício Lorenço; o fundador do Fórum de Coreógrafos de Bandas e Fanfarras de Pernambuco, Genivaldo Francisco; e a presidente do projeto Fábrica Fazendo Arte, Priscila Freitas.

As bandas e fanfarras constituem, hoje, no Recife, um movimento tão importante para a cultura popular de periferia quanto o das quadrilhas juninas. Além de dar beleza e movimento às apresentações das bandas e fanfarras, os coreógrafos estão contribuindo para inclusão social de jovens que antes eram vítimas de homofobia. O vereador Eriberto Rafael observou que o trabalho desenvolvido por esses profissionais é ferramenta de educação, disciplina e inclusão social.

Essa, inclusive, foi a justificativa para a realização da solene. “A arte e a cultura são caminhos que nos conectam com nossas raízes e tradições. São também ferramentas de educação, de disciplina, de empoderamento, de inclusão social e instrumentos de transformação”, afirmou. O vereador acrescentou que os 17 profissionais que foram destacados durante a homenagem “fizeram do seu trabalho instrumento de propagação da cultura e da tradição do nosso Estado, além de ferramenta de reintegração social por meio da arte”.

Entre os destaques, Eriberto Rafael ressaltou o presidente da Confederação Nacional de Bandas e Fanfarras (CNBF) e coordenador de Ações Culturais da Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco, Waldenilson Cunha. Waldenilson iniciou sua carreira com apenas 10 anos de idade na banda do Ginásio Pernambucano, onde, posterirormente, foi maestro ao longo de 35 anos. “Prestigiamos não só a atuação profissional de Waldenilson, mas também sua militância e engajamento na luta pelo reconhecimento da classe dos coreógrafos. Ele vem desenvolvendo admirável trabalho de formação educacional em música para os regentes e para a classe artística das bandas e fanfarras do Estado de Pernambuco”, acrescentou.

Outro nome que Eriberto Rafael destacou entre os homenageados foi o arte-educador Genivaldo Francisco. Ele disse que conhecia, por meio de Genivaldo, as bandeiras defendidas pela categoria. “Sei da necessidade de reconhecimento da classe artística; do pleito de haver mais contratações de coreógrafos nas redes municipal e estadual; de ter mais espaços para capacitação e formação de arte educadores; e da luta contra o racismo e a homofobia. Vocês têm o apoio do nosso mandato e, com certeza, toda a Câmara do Recife é sensível a essas reivindicações”, afirmou. Um vídeo foi exibido com fotos de diversas bandas e fanfarras.

O vereador registrou, também, o voto de aplauso de sua autoria e sucesso à iniciativa da criação do Fórum de Coreógrafos de Bandas e Fanfarras de Pernambuco, no ano passado. “Na minha militância na vida política, aprendi que a luta tem mais sucesso quando somamos forças. O Fórum é fundamental para institucionalizar, organizar e dar representatividade às bandeiras de vocês. Quero também registrar que vocês não estão sozinhos na luta pela sustentabilidade da classe artística marcial.

Wandenilson e Genivaldo fizeram discursos de agradecimento.  Genivaldo falou da importância dos coreógrafos para as bandas e fanfarras e observou que eles não eram valorizados até fundarem o Fórum de Coréografos, há um ano. “O fórum é o resultado de nossa luta e é símbolo de nossas conquistas. Por causa dele, hoje, o trabalho do corpo coreográfico das bandas e fanfarras é visto como de inclusão social. A garotada que se dedica às coreografias aprende e se diverte através das artes, nas escolas”, disse. Ele afirmou que estava grato ao vereador Eriberto Rafael e à Câmara Municipal do Recife, pelo reconhecimento da categoria.

O último discurso foi feito por Waldenilson Cunha. Num breve resgate da história, ele disse que as bandas e fanfarras são antigas nas escolas pernambucanas, mas que a presença dos coreógrafos deram visibilidades e valorização a essas corporações musicais. “As bandas passaram a ter mais vez, inclusive na imprensa. Enquanto elas trazem a musicalidade, o corpo coreográfico traz a dança, a ginástica, o figurino. Depois que o corpo coreográfico começou a atuar, com sua beleza plástica, a atenção às bandas aumentou”, reconheceu. Ele disse que a rede pública do Estado têm em torno de 430 bandas e que o corpo coreográfico “vem lutando e se consolidando, enquanto profissionais. É uma turma de muita garra, sensibilidade, que trabalha com amor”, afirmou.


Em 19.06.2018, às 19h45.