Hospitais poderão notificar o MPPE pelo uso de bebidas alcoólicas por crianças e adolescentes

Hospitais públicos e privados e instituições similares podem ser obrigados a notificarem ocorrências de uso de bebida alcoólica e/ou entorpecentes por crianças e adolescentes. É o que propõe o vereador Henrique Leite (PT). A matéria prevê que essas instituições notifiquem os Conselhos Tutelares do Município e o Ministério Público do Estado de Pernambuco, quando crianças e adolescentes forem atendidos em suas dependências. Estabelece ainda que sejam concedidas informações pertinentes ao estado de saúde geral da criança e do adolescente, o diagnóstico e o procedimento clínico adotado.

Para Henrique Leite a notificação terá o intuito de promover os cuidados socioeducacionais voltados para a proteção da criança e do adolescente. “O Álcool, o cigarro e outras drogas estão presentes ainda no inicio da adolescência da metade dos brasileiros. Um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no ano passado mostrou que mais da metade dos jovens já tomaram ao menos uma dose de bebida alcoólica. Foi aí que se constatou que o alcoolismo nunca foi problema exclusivo dos adultos”.

Ainda segundo o parlamentar o que causa grande preocupação hoje no Brasil é o fato de os jovens começarem a beber cada vez mais cedo  e que, certamente, parte deles conviverá com a dependência do álcool no futuro. Ele destaca que alguns dos pontos que influenciam no consumo da bebida são fatores genéticos e emocionais. “Devemos considerar também o mau exemplo que alguns pais dão vangloriando-se de serem capazes de beber uma garrafa de uísque ou dez cervejas num final de semana pode também  acarretar esses problemas”.

O vereador lembrou que em qualquer quantidade, o álcool é uma substância tóxica, responsável pelo aumento do número de acidentes e atos de violência, muitos deles fatais. “Apenas proibir que os adolescentes bebam não adianta. É preciso conversar com eles, expor-lhes a preocupação com sua saúde e segurança e deixar claro que não há acordo possível quanto ao uso e abuso do álcool. Por isso, a finalidade do projeto é proporcionar uma garantia de que essa exposição da preocupação paterna ocorra”.

 

 

Em 28.07.2015.