Irmã Aimeé relata números da violência contra a mulher

Apesar das conquistas das mulheres nestes últimos cem anos, quando se começou a comemorar o Dia Internacional da Mulher, há muito por fazer. Irmã Aimeé (PSB) relatou, na reunião plenária desta quarta-feira, 06, que a cada 15 segundos uma mulher é espancada no Brasil e 15 mil estupros são registrados. No mundo, mais de 1 bilhão de mulheres foram vítimas de espancamento ou sofreram algum tipo de abuso sexual.

Ela lembrou que no trabalho, a desigualdade salarial e assédio sexual. No casamento, agressão física, ameaça e calúnia. Na participação social, a coisificação da mulher. Na saúde, o atendimento desumano nos postos, nas maternidades e hospitais. “Temos direitos garantidos na Constituição. O poder público tem obrigação de desenvolver políticas públicas que garantam os direitos humanos das mulheres. Ainda assim, vislumbro dias melhores”.

Luiz Eustáquio (PT) pontuou avanços obtidos pelas mulheres em algumas comunidades onde elas se organizaram, mas admitiu que falta respeito especialmente no seio da família, onde maridos e companheiros são os que mais maltratam. “Eles devem andar lado a lado. A sociedade precisa  reagir à violência dos maridos contra suas esposas”.

Isabella de Roldão (PDT) disse que é preciso repensar quando se diz para a mulher ter coragem de sair de casa, quando ela não tem para onde ir. “No Recife só existe uma Casa de Abrigo. Quem sabe seria melhor enviar essas mulheres para o Interior, onde não serão perseguidas, muitas até a morte pelos companheiros. Por isso propus a  criação de uma Procuradoria da Mulher na Câmara do Recife e a participação de vereadoras mulheres na Comissão Executiva da Casa”.

Michele Collins (PP) argumentou que tudo o que for para o bem das mulheres pode contar com ela, inclusive no sentido de valorizar a participação das vereadoras na Casa. Marco Aurélio (PTC) disse que a bancada feminina estava de parabéns pelo fato de ter se organizado e cada dia trazer um assunto diferente e importante sobre as conquistas das mulheres. Eriberto  Rafael (PTC) disse que concordava com o discurso da vereadora pois a saúde da mulher deixa muito a desejar. Lembrou que há uma lei de 2002 que instituiu a carteira de saúde da mulher mas não é respeitada. Vicente André Gomes (PSB) disse que a presença das vereadoras na Casa consolida a luta de todas elas. Disse ter a convicção de que a Câmara vai registrar a passagens das mulheres por aqui. Eduardo Chera (PTN) parabenizou  o discurso e disse que uma mulher sabe dignificar sua casa.

 

Em 06.03.13, às 18h50.