Parlamentar critica dualidade de órgãos

Levantamento realizado pelo vereador Raul Jungmann (PPS) mostrou que há dualidade de cargos e dispersão de dinheiro público, com comprometimento de resultados. Ele citou a existência da Secretaria Municipal de Saneamento e ao mesmo tempo a existência Sanear, uma autarquia, onde ambas são voltadas para o mesmo objetivo. Lembrou na quarta-feira 04, na Câmara do Recife, que a autarquia foi criada no final da gestão petista de João Paulo, segundo ele para acomodar partidos políticos. “Hoje a secretaria tem orçamento de R$ 42,9 milhões e gastou R$ 1,8 milhão com pessoal, enquanto a Sanear tem verba de R$ 3,37 milhões e gastou com pessoal R$ 1,5 milhão. A relação custo benefício é de 2 para 1 e na autarquia é 3 para 1”.

Jungmann lembrou que esse é um caso de fusão. Ele informou que vai realizar audiência pública e vai trazer outros exemplos de dispersão de verba.  Aline Mariano (PSDB) sugeriu que é preciso fazer o enxugamento da máquina. Citou a secretaria de Defesa Animal onde quase nada acontece, bem como a CTTU, segundo ela, um caso de típico de falta de estrutura e que merecia ser uma autarquia para ter mais autonomia.

André Régis (PSDB) ressaltou que governar é fazer escolhas, cabendo ao Executivo fazer ajustes,  e não aos legisladores.  “O lesgislativo pode colaborar. As pessoas que votaram nesse prefeito fizeram por entender que el e era um gestor ousado, que não combina com o desperdício nem sobreposição”.  Almir Fernando (PCdoB)  lembrou que essa já é uma preocupação do prefeito. Tanto assim que o secretário de Saneamento acumula a gestão da autarquia. “A Sanear foi criada para poder captar verbas do governo federal e a secretaria de Defesa Animal tem trabalhado. Mais de 500 cães foram adotados e vai ser construido o primeiro hospital veterinário público”.

 Gilberto Alves (PTN) ressaltou que a gestão busca o aperfeiçoamento da máquina pública e se possível  com eficiência e menor custo. “Há um único gestor na secretaria e na autarquia, uma planeja a outra executa.  A prefeitura reduziu em mais de 50% o pessoal e temos R$ 500 milhões em execução”.  Henrique Leite (PT) explicou que foi necessária a criação da autarquia para poder captar verbas do governo federal. “Naquele momento foi preciso contratar servidores. Bairros que não tinham saneamento passaram a ter, sem contar com o projeto Capibaribe Melhor. Esse momento é o de repensar, cortar, fundir, mas a cidade vai colher os frutos a partir do ano que vem”.

 

Em 05.12.2013, às 16h00