Programa quer incluir Coleta Seletiva em eventos culturais

A coleta seletiva é uma iniciativa que pode ir além das residências e empresas. É o que sugere o projeto de lei do vereador Eurico Freire que quer instituir nos eventos culturais do Recife o Programa Eco Cultural de Coleta Seletiva. A proposta busca ampliar o hábito de separar e reaproveitar o lixo também nos momentos de lazer. “Com a conscientização dos recifenses, a reciclagem vai criar uma cultura de combate ao desperdício, além de divulgar e estimular o hábito do reaproveitamento de materiais, com efeitos positivos na formação da cidadania e no interesse pela melhoria da qualidade de vida da população”.

O Programa Eco Cultural quer implantar um sistema de coleta seletiva de resíduos recicláveis nos eventos do calendário oficial da cidade. Os dois tipos de lixo produzidos por cada evento serão depositados em sacolas biodegradáveis, de cor branca para lixo seco (papéis, plásticos metais e isopor) e azul para lixo molhado (resto de comida, casca e bagaço de frutas). As sacolas serão colocadas em reservatórios móveis espalhados nos locais dos eventos e poderão conter as logomarcas de empresas privadas ou públicas, parceiras do Município.

“O controle do Município sobre a destinação final desses resíduos é insuficiente ou mesmo inexistente já que muitas vezes são encaminhados ao descarte juntamente com o lixo comum. Propomos atribuições compartilhadas, tanto das instituições públicas quanto das particulares e da sociedade em geral. É importante também que a Prefeitura se articule politicamente com os órgãos de governo federal e estadual para elaborar políticas públicas de resíduos sólidos integradas e alternativas institucionais que se traduzam em oportunidades de negócios com geração de emprego e renda, sustentabilidade dos empreendimentos e receitas para o Município”, reforça o vereador.

Uma das formas de garantir isso é incluindo no Programa novos parceiros. O material será coletado pela frota de caminhões de resíduos sólidos e seguirá em dois destinos: o lixo molhado será conduzido ao Jardim Botânico para ser matéria-prima de copostagem; enquanto o lixo seco será destinado às associações de catadores ou cooperativas de lixo. “Os negócios que envolvem a reciclagem estão crescendo e fazendo com que a economia brasileira também cresça. As cooperativas de catadores podem gerar ocupação e renda para um grande número de pessoas que sobrevivem dessa atividade nos eventos culturais”.

O projeto aguarda parecer da Comissão de Obras e já foi aprovado pelas Comissões de Educação e de Legislação e Justiça.

 

Em 30.07.2015