Vereadores lembram Dia Nacional do Trânsito

Mudar o conceito do transporte individual e priorizar o coletivo. Para o vereador Wanderson Florencio (PSDB), a questão da mobilidade urbana passa por esse debate. O assunto trazido ao plenário na tarde desta quarta-feira, 25, quando se comemora o Dia Nacional do Trânsito, mobilizou vários parlamentares.

“O atual governo criou as ciclovias portáteis implantadas aos domingos, o que já é um avanço, e em relação aos ônibus, há muita discussão em colocar vias exclusivas, mas no dia a dia nada mudou. Em alguns países e em cidades de São Paulo, por exemplo, soluções simples foram implantadas como pintar as faixas. Espero que em 2014, a gente possa comemorar um novo cenário com a realização da Copa na nossa cidade”, ressaltou Florencio.
 

Para o vereador André Régis (PSDB), é preciso investir em educação. “Um dos nossos grandes problemas é a falta de postura cívica. As pessoas não respeitam as faixas e nem as regras do trânsito. Temos exemplos de locais onde o tipo de comportamente do cidadão é diferente. Em João Pessoa, o carro para e as pessoas podem atravessar na faixa, mas não vemos isso no Recife. O que diferencia uma sociedade civilizada de uma a caminho disso é o trânsito”.

Já o vereador Raul Jungmann (PPS) avaliou números recentes do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA - para entender a situação do transporte público no País. “Houve um aumento de 125% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA. Já o reajuste da tarifa foi de 191%. Na virada do século, houve redução de 20% dos passageiros do transporte coletivo, isso também significou um ponto a mais para o aumento da tarifa. O diesel chega a 10% dos custos do transporte. A indústria automobilística, junto com a do petróleo, promoveu um transporte privativo”.

Para o presidente da Comissão de Transporte e Trânsito da Casa, vereador Jurandir Liberal (PT), o trânsito é um problema de todas as capitais, especialmente das grandes cidades. Ele lamentou que o Recife tenha apenas 40km de via exclusiva para ônibus, quando deveria ter 100, 150 km. “Essa ação já reduziria o tempo de viagem e estimularia o uso do transporte coletivo. É preciso estabelecer metas imediatas e em longo prazo. Tem ainda a questão da tarifa. Trinta por cento da população andam a pé porque não podem pagar. É preciso um subsidio para essas pessoas”.

Já o vereador Almir Fernando (PC do B) ressaltou o sofrimento dos usuários de transporte coletivo. “As pessoas esperam uma ou duas horas e vão em pé. Ainda tem o fato de que os ônibus não possuem cinto de segurança.Temos que enfrentar a mobilidade e precisa haver uma solução”. 

Em 25.09.13, às 18h56.