Aerto Luna debate problemas urbanos da Vila Imbiribeira

Antes da audiência pública, o vereador realizou uma escuta entre os meses de julho e agosto com a população da Vila Imbiribeira. As reclamações são antigas e se repetem, segundo acusou um vídeo exibido no plenarinho, além de fotos que comprovam os fatos: a comunidade da Vila da Imbiribeira vem, ao longo dos anos, sofrendo constantes alagamentos devido ao estrangulamento do sistema de drenagem e saneamento. A área da vila equivale a 2,6% da Imbiribeira, na Zona Sul do Recife, RPA6, e tem 16 logradouros (representa 3,6% de todos os logradouros do bairro). “As condições urbanas são precárias e por isso resolvi consultar os agentes públicos sobre as ações em execução e as que estão previstas para solução dos problemas”, reforçou Aerto Luna.

Durante a audiência, o vereador deu voz aos moradores que reafirmaram os sérios problemas de infraestrutura urbana enfrentados. A implantação do sistema de esgotamento sanitário da Vila ainda não foi concluída e a população confirmou que utiliza sistema precário e antigo, que não dá mais conta da demanda. Há muitos pontos estrangulados e vazamento nas tubulações, acúmulo de água suja e de dejetos nas ruas. Isso sem contar com as ruas constantemente alagadas, mesmo não sendo períodos chuvosos. Aerto Luna apresentou a lista de ofícios e requerimentos que seu gabinete já encaminhou aos diversos órgãos do Executivo municipal e estadual, na luta para tentar reverter esse quadro na comunidade.

O assessor técnico da presidência da Emlurb, Antônio Valdo Alencar, reconheceu que a Vila Imbiribeira sofre com os constantes alagamentos porque é um terreno cuja cota do lote é baixa e também devido à localização na vizinhança do Rio Tejipió. Quando há maré alta, as ruas alagam. Ele disse, ainda, que a Prefeitura do Recife concluiu o Plano Diretor de Drenagem e que nele a Bacia do Rio Tejipió é uma prioridade. O rio corta a Imbiribeira. “A intervenção urbana para todo o Recife, prevista pelo Plano, está calculada em R$ 1,1 bilhão e somente nessa área da Bacia do Tejipió são investimentos na ordem de R$ 800 milhões. Essas intervenções são obras de engenharia como requalificações de calha e das margens do rio, mas também obras sociais como relocação de moradores”, disse.

O gerente regional de Negócios da Compesa, Elissandro Pereira, também reconheceu que o bairro da Imbiribeira tem apenas 20% da cobertura necessária de esgotos, mas que as obras de  construção de estações elevatórias, que estão previstas para serem retomadas neste semestre, poderão reduzir os transtornos. “A rede está em fase de implantação, pois as obras foram iniciadas e paralisadas, mas estão sendo retomadas. A conclusão delas será fundamental para que o esgoto coletado possa ser bombeado para a estação da Compesa que fica no Cabanga, onde serão tratados e jogados no destino final”, afirmou.

O gerente de Obras da Compesa, Rafael Ramos, garantiu que as obras do Proest 1 (um programa federal estruturador), que estavam paralisadas na Vila Imbiribeira, que pode beneficiar até 150 mil pessoas, estão sendo retomadas. “Essa obra foi iniciada em 2012 e executada 80% da rede coletora. Já assinamos a ordem de serviço há cerca de 15 dias, pois os recursos liberados no ano passado chegaram agora. Vamos concluir as nove estações elevatórias que estão faltando e que permitirão fazer a coleta do esgoto”, afirmou, confirmando o que disse o gerente regional de Negócios da Compesa, Elissandro Pereira.  Segundo ele, toda a rede de esgoto totalizará 100 quilômetros.


Em 11.09.2019, ás 12h10.