Ivan Moraes alerta para casos de violência relacionados com a eleição
Alguns exemplos foram relacionados pelo vereador, para explicar sua preocupação. Entre os fatos citados, o assassinato de Romualdo Rosário da Costa, de 63 anos, mestre de capoeira conhecido como Moa do Katende, morto com 12 facadas, na região central de Salvador, Bahia, após as eleições de domingo. “Os casos são tão preocupantes que um ex-repórter da Folha de São Paulo, Haroldo Ceravolo, está fazendo o mapeamento da violência relacionada com a eleição. Haroldo usa como fonte os boletins de ocorrência policial em todo o Brasil e as notícias publicadas na imprensa”, informou. Até hoje são 36 ocorrências desde primeiro de outubro.
Ivan contou, ainda, um fato de terça-feira à noite quando uma amiga estava dentro de num ônibus coletivo do Recife. “Minha amiga presenciou o momento em que um homem, que estava falando sobre política, se levantou da cadeira e disse que iria votar, no segundo turno, no capitão reformado do Exército. E que iria fazer isso porque queria ter liberdade para matar mulheres”, relatou. O vereador sublinhou que não estava relacionando os casos de violência ao candidato do PSL, mas sim ao acirramento dos ânimos, baseado em fatos reais.
Numa universidade do Paraná, ainda segundo o vereador, um estudante que usava boné do MST foi cercado por eleitores do mesmo candidato, que passaram a esmurrá-lo. “Os casos de violência já foram levados para o conhecimento do candidato. Mas a reação foi a pior possível. Respondeu que havia pessoas demais votando nele e que por isso era impossível controlá-las”, disse. Ivan Moraes chamou a atenção dos vereadores do Recife dizendo que os dias atuais estão exigindo diálogo. “Precisamos colocar as divergências na mesa e construir um país justo sem machismo, sem homofobia, sem preconceito racial ou misoginia”, afirmou
Se os diálogos não ocorrerem, na opinião do vereador, o País viverá “um processo cada vez maior de autoritarismo e violência”. Ele prometeu voltar ao plenário da Câmara Municipal do Recife tantas vezes quantas sejam necessárias, durante este período que antecede o segundo turno das eleições, para alertar sobre os casos de violências relacionados à eleição. “O que está em jogo é o destino do País, que não pode sofrer por conta de richas históricas e questões pessoais”, afirmou.
Em 11.10.2018, às 12h05.