Ivan Moraes repercute reunião sobre impacto do desastre do óleo na economia pesqueira
“Duzentas pessoas se reuniram no anfiteatro da Ilha de Deus para dialogar sobre o impacto desse drama que chega à nossa cidade. Se não chega à praia pelas manchas de óleo, chega à cadeia produtiva de pesca. Na Ilha de Deus, mais de 80% das pessoas vivem do marisco, da pesca”, contextualizou Ivan Moraes. A comunidade vai voltar a discutir o assunto no dia 22 de novembro, às 15h30, em audiência pública que será promovida por iniciativa do vereador, também no anfiteatro do local.
De acordo com Moraes, as autoridades ainda não proibiram a pesca e a comercialização de peixes e mariscos no município, mas os rumores sobre o desastre já atingiram o comércio desses produtos. Com isso, cerca de dez mil pessoas que lidam diretamente com a atividade podem ficar sem fonte de renda – sem falar dos atravessadores, comerciantes e restaurantes que também dependem da economia pesqueira.
Diante dessa situação, argumentou o parlamentar, o dever da Prefeitura é buscar saber se o consumo dos pescados é seguro e instituir a devida proteção às comunidades pesqueiras. “Basta averiguar os índices de contaminação. Se, de fato, nosso peixe e nosso marisco estiverem contaminados, é preciso que a pesca seja proibida e que as dez mil pessoas que vivem disso sejam acolhidas por políticas públicas. Não é possível dizer que a responsabilidade do Recife só acontece quando as manchas de óleo chegarem à nossa areia. A tragédia já impacta nossa sociedade. Imaginem uma comunidade inteira sem fonte de renda por período indeterminado.”
Em um aparte, o vereador Rodrigo Coutinho (SD) demonstrou apoio ao pleito do colega. “A situação da Ilha de Deus também me preocupa bastante. Gostaria de me juntar a Vossa Excelência para levarmos isso ao Poder Executivo e às autoridade envolvidas para minimizar os efeitos do óleo. Precisamos cuidar de nossos pescadores e marisqueiros para que não piore o índice tão alto de desemprego da nossa cidade.”
Em 06.11.2019, às 17h05