Líder da Oposição destaca atuação da Câmara no semestre

Ao analisar os trabalhos legislativos no primeiro semestre deste ano, a vereadora Priscila Krause (DEM), líder da bancada de oposição na Câmara Municipal do Recife, destacou pontos positivos e negativos, explicando que boa parte dos debates no período foi dedicada às negociações salariais do funcionalismo, nas quais os parlamentares tiveram um posicionamento responsável de modo a não comprometer as finanças municipais. “De uma forma geral, acho que o semestre foi produtivo para a Câmara e para a cidade”.

A vereadora lembrou ainda a discussão sobre alguns temas polêmicos assumidos pela bancada, como o da coleta de lixo. “É um assunto não resolvido, onde contratos sem licitação foram prorrogados. Entramos com uma representação junto ao Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado”. Outra questão abordada pela parlamentar foi a das compras e contratos firmados pela Prefeitura. Priscila Krause afirmou que, apenas nos cinco primeiros meses deste ano, houve 254 dispensas de licitação.

O meio ambiente também entrou na agenda de atuações da bancada oposicionista, como a defesa da mata do Engenho Uchoa, área de 192 hectares de Mata Atlântica, para que não fosse utilizada para uma usina de tratamento de lixo, como previa um projeto municipal. Outras iniciativas, segundo a vereadora, foram a continuação dos debates, promoção de audiência pública e mobilização para reverter os projetos de instalação de uma refinaria multicultural no Sítio Trindade e de construção de um shopping na área onde funcionam o Hospital Ulysses Pernambucano e mais duas instituições de saúde, no bairro da Tamarineira. “Nesses casos o que estava em jogo era um conceito de cidade que queremos para daqui a 40, 50 anos. A sociedade não aceita mais um desenvolvimento predatório”.

Priscila Krause definiu a convivência entre as bancadas de oposição e situação como, historicamente, de muito respeito e confiança recíproca. No relacionamento com o Poder Executivo, a líder ressalta que todas as vezes em que o bem público esteve em jogo, a oposição sempre deu sua parcela de contribuição, citando como exemplo o  recente projeto de reajuste salarial do funcionalismo, encaminhado pela Prefeitura. “Ele só foi aprovado com a presença da oposição”, disse a vereadora, explicando que esses gestos não significam necessariamente concordância. “Nossa oposição é à Gestão e não à Cidade”.

Em 15.07.2010, às 15h15.