Romerinho Jatobá debate situação da Praça do Hipódromo
“Esses problemas estão se avolumando e os moradores do Hipódromo, que tem uma linda praça diante de suas casas, não podem mais usufrui-la. É cada vez mais comum as pessoas irem para o Parque da Jaqueira ou até mesmo para o Dona Lindu, em Boa Viagem”, reclamou o presidente da Associação de Moradores, Comerciantes e Produtores Culturais de Campo Grande e Hipódromo, Abelardo Machado. A praça, localizada num bairro entre Campo Grande e Encruzilhada, tem 12 mil metros quadrados. Ela existe há mais de 50 anos e apesar da explosão imobiliária, quase não tem prédios altos no entorno (é área ZEPH) e dispõe de um lago, Academia Recife; Academia da Cidade, para prática de exercícios físicos e diversão de crianças. Já passou por três grandes reformas e agora conta com uma área verde generosa, com muitas palmeiras e mangueiras.
Romerinho Jatobá lembrou que, além da beleza, a praça permite a interação social da comunidade, a prática de uma vida m ais saudável, mas que tudo isso está ameaçado. “Os idosos não podem mais realizar atividades de lazer e exercícios físicos”, lamentou. Ele assegurou que “os usuários de drogas têm dominado a praça e intimidando os frequentadores. Estão ocorrendo muitos furtos”. O vereador exibiu fotos mostrando que algumas pessoas estão praticamente morando na praça, inclusive cozinhando em fogões improvisados. Outras fotos denunciam que o lixo se acumula em vários locais da praça. “A presença dos usuários de drogas tem se potencializado desde que passou a funcionar, perto da praça, o Programa Atitude”.
A diretora da Secretaria de Políticas sobre Drogas, do Governo do Estado, Malu Freire, disse que esse programa tem por objetivo “resguardar a vida dos usuários que estão em situação de risco”. E que é preciso entender que essas pessoas recorrendo ao Atitude porque estão ameaçadas de morte. “Temos profissionais ligados ao Atitude trabalhando para promover a redução de danos”, informou. O secretário Executivo de Política sobre Drogas da Prefeitura do Recife, André Sena, afirmou que também há uma equipe do serviço municipal fazendo o atendimento àqueles usuários. “O trabalho que realizamos não pode ser repressivo, mas de apoio psicossocial e de reeducação”. O capitão PM, Daniel Augusto da Silva, disse que e “a segurança da área está sob controle, embora o crime seja dinâmico”. Ele comanda a 1ª Companhia do 13º Batalhão, que fica responsável por 10 bairros, inclusive o Hipódromo. O seu escritório é num prédio que funciona dentro da praça.
O diretor Executivo de Parques, Praças e Áreas Verdes da Empresa de Urbanização do Recife (Emlurb), José Carlos Vidal, afirmou que a conservação da Praça do Hipódromo é feita por uma equipe de limpeza que conta com quatro pessoas diariamente, além de um supervisor. “Nós temos mantido essa conversação da melhor maneira possível”, argumentou. Já a diretora Executiva de Controle Urbano (Dircon), Cândida Bomfim, afirmou que a preocupação principal tem sido em manter a ordenação e a distribuição do comércio ambulante. “Nesse aspecto, até aqui, tem sido poucos os problemas que enfrentamos na Praça do Hipódromo”, disse.
Em 1º de março 2018, às 12h59.