Raul Jungmann debate números do quadrimestre

O vereador Raul Jungmann (PPS) elogiou o projeto de lei aprovado, na tarde desta segunda-feira, 07, pela Câmara do Recife regulamentando o acesso à informação sem as restrições propostas por outro projeto, do Executivo, que catalogava informações como ultrasecretas, secretas e sigilosas. “A lei aprovada demonstra a transparência dessa Casa legislativa e sua resposta a um projeto que está sendo questionado pelo Supremo Tribunal Federal”. Foi mais além e criticou os números apresentados pela gestão municipal no segundo quadrimestre do ano. Segundo ele, apenas 41% do proposto foi realizado, ou seja, dos R$ 4,1 bilhões ainda faltam executar R$ 2,4 bilhões.

Raul Jungmann explicou que a queda se dá semestre a semestre e demonstra que no primeiro quadrimestre foram executados  R$ 620 milhões, enquanto que no quarto quadrimestre, apenas R$ 520 milhões. Ele disse que ainda faltam executar mais de R$ 2,4 bilhões, demonstrando o engessamento da gestão. “Nas secretarias observamos que a execução de recursos chegou apenas a 30% do previsto. A Habitação, por exemplo, usou 8% de seu orçamento.  Esportes e Lazer executou 9%, e Saneamento 15%. O comprometimento do endividamento referente à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) foi de 8%. Isso significa que não há projeto para a cidade”.

Eurico Freire (PV) considerou que tudo depende do ponto de vista e que na ótica dele o Recife é um verdadeiro canteiro de obras, lembrando que o Hospital da Mulher deverá ter sua inauguração antecipada em 45 dias. “Acho que o comprometimento da LRF em 8% é extremamente positivo, demonstrando que os  gastos estão sendo feitos com planejamento e responsabilidade. O projeto é para o Recife daqui a 25 anos”.

Marco Aurélio (Solidariedade) achou tranquilizante os números trazidos pelo colega, pois acredita que a PCR está fazendo tudo a seu tempo. “Seria preocupante se os números estivessem lá em cima e lembrou que o prefeito esperou a chuva passar para recapear as ruas, evitando gastos que teriam de ser feitos de novo. São números de quem trabalha com os pés no chão”.

 Wanderson Florêncio (PSDB) disse que o Recife era tradicionalmente uma cidade de gestores muito bem avaliados e era preciso um prefeito que trabalhe durante os quatro e não apenas nos últimos, mas Almir Fernando (PCdoB) discordou do colega e disse que a preocupação do prefeito é não fazer tudo apressadamente e sem planejamento, jogando dinheiro fora.

 

Em 07.10.2013, às 18h00