Táxi e bicicleta: uma proposta para melhoria do trânsito

A criação de um serviço denominado “táxi amigo do ciclista”, para atendimento às pessoas que se utilizam da bicicleta como meio de transporte, é o que propõe o projeto de lei número 239/2013, de autoria da vereadora Isabella de Roldão (PDT), que tramita na Câmara Municipal do Recife. Ele estabalece que os carros de aluguel que se incorporem à proposta tenham bagageiro ou condições internas para o acondicionamento do veículo de duas rodas. “O táxi, dentro da política de mobilidade nacional, tem o papel importante como meio de transporte na questão da mobilidade urbana. E as bicicletas carecem de maior funcionalidade e acessibilidade, especialmente no contexto dos grandes centros urbanos”, disse a parlamentar.

O projeto de lei está cumprindo prazo de recebimento de emendas nas comissões de Legislação e Justiça; de Meio Ambiente, Transporte e Trânsito e de Finanças e Orçamento, onde também receberá pareceres dos relatores. Ele prevê que, para prestação do serviço, os veículos deverão ser adaptados com bagageiros fixos ou bagageiros móveis, dentre outras tecnologias, a serem regulamentadas pelo órgão gestor de trânsito e transporte do Município. “A inclusão da bicicleta nos deslocamentos urbanos deve ser abordada como elemento para a implementação do conceito de Mobilidade Urbana Sustentável como forma de redução do custo da mobilidade das pessoas, inclusão social, de redução e eliminação de agentes poluentes e melhoria da saúde da população”, defendeu Isabella de Roldão.

Para que o “táxi amigo do ciclista” funcione, o órgão gestor de trânsito e transporte do Recife, diz o projeto de lei, precisará disponibilizar, através da criação de novas permissões, o equivalente a 10% da quantidade de táxis existente, para explorar o serviço; e fiscalizar o serviço e exigir sua prestação de forma adequada à plena satisfação dos usuários; o serviço será executado por profissionais treinados e capacitados, devidamente registrados, no órgão responsável pela fiscalização das permissões de táxis no Recife. “A integração da bicicleta aos modos coletivos de transporte é possível, principalmente nos sistemas de grande capacidade, e já ocorre, ainda que em estado embrionário e até espontâneo. Dentro desta nova ótica, esse veículo deve ser considerado como elemento integrante do novo desenho urbano”, afirmou.

 

Numa pesquisa realizada pelo seu gabinete, a vereadora detectou que atualmente a bicicleta é responsável por 7,4% dos deslocamentos nas áreas urbanas, segundo Isabella de Roldão. “Se pensarmos que a frota nacional de bicicletas é da ordem de 50 mil veículos e que a produção nacional é da ordem de 5 mil veículos por ano, constata-se que o uso da bicicleta é muito aquém da sua capacidade”, afirmou. A bicicleta, disse a vereadora, deve ser considerada como elemento integrante do novo desenho urbano, na opinião de Isabella de Roldão.


Em 19.092013, às 12h40.