Vereadores participam de consulta pública sobre violência

Antes mesmo de ser lançado, o Pacto pela Vida do Recife reuniu mais de quinhentas pessoas em uma consulta pública realizada pela Secretaria de Segurança Urbana. O evento serviu para colher sugestões para elaboração de um documento que vai ser lançado em maio, criando o plano. Diversos segmentos, incluindo representantes de todas as seis RPAs participaram.

Almir Fernando (PCdoB) fez minucioso relato das atividades da consulta pública. Lembrou que na legislatura passada, a Comissão de Segurança Pública da Câmara do Recife sugeriu a criação da Secretaria municipal de Segurança Pública e o prefeito criou a secretaria de Segurança Urbana. Sugeriu ainda a criação da Academia da Guarda Municipal, que ainda não aconteceu. “O secretário destacou ações que deverão ser implantadas como a necessidade da participação da Guarda Municipal no Pacto pela Vida do Recife em parceria com a Polícia Militar. Já existe convênio com a Polícia Federal para  treinar a Guarda em armamentos”.

Gilberto Alves (PTN) frisou que este é um novo monento para a cidade, a exemplo do lançamento do Pacto pela Vida do Recife. O evento teve diversas salas, entre elas a de mobilidade, governança, educação, integração e políticas públicas. “Com essa ação, o Recife é o primeiro município brasileiro a assumir a responsabilidade do enfrentamento da violência urbana”.

Henrique Leite (PT) ressaltou que qualquer debate sobre violência deve ser pautado  pela educação, fortalecimento das políticas públicas para que não haja espaço para a violência. Lembrou ainda que a iluminação pública bem como o papel da Guarda Municipal deve ser revisto. “É preciso educar nas escolas através de campanhas e orientação, não basta apenas tirar das ruas com jornada integral”.

Jayme Asfora (PMDB) cobrou a presença da oposição no evento. Segundo ele, não havia nenhum vereador da bancada opsicionista, e, no entanto, um pacto é sempre apartidário, federativo, e este será exemplar para todo o país. 

Amaro Cipriano Maguari (PSB) ressaltou a importância do evento para o Recife. “Na consulta pública se falou do novo modelo de crime na cidade, praticado com motos de pequena cilindrada. Com esses veículos, fazem assaltos e entregam drogas. O evento serviu para colher dados para a elaboração do plano”.

Michele Collins (PP) lembrou que a repressão é importante, mas sem a participação da sociedade corre riscos. “Sabemos que o índice de violência cai quando ONGs trabalham cuidando e tratando de viciados, que saem das ruas”.

Luiz Eustáquio (PT) frisou que a situação dos viciados é degradante e adoeceu a sociedade. “Quando vemos crianças de 12 anos vendendo crack demonstra que o tráfico está vencendo a guerra. Eles estão sendo empregados pelo tráfico no segundo turno. É preciso se criar escolas integrais para tirar as crianças das ruas, especialmente nas comunidades onde o tráfico é mais forte”. André Régis (PSDB) também é favorável à educação integral que tira as crianças das ruas. “Devemos marchar juntos no combate ao vício”.

Em 08.04.13, às 19h58.