Maestro Forró recebe Medalha do Mérito
Almir Fernando ressaltou que o Maestro Forró, natural do Recife, é reconhecido mundo afora pelo trabalho de unir na música o erudito e o popular e por suas performances inusitadas ao reger o grupo por ele criado, a Orquestra Popular da Bomba do Hemetério (OPBH). Já recebeu diversas honrarias como a Medalha Leão do Norte (2011) e a Ordem do Mérito Cultural (2012). Forró já levou junto com a sua Orquestra, em 2013, o Prêmio da Música Brasileira, na categoria regional, com o CD #CabeçaNoMundo.
Atuou como arranjador e diretor musical em vários grupos, mesclando estilos e ritmos. Seu trabalho ganhou projeção quando passou a fazer turnês nacionais e internacionais com o Maracatu Nação Pernambuco. Esteve na Europa, China e Estados Unidos com o Nação Pernambuco. Foi então convidado a fazer arranjos para vários artistas pernambucanos, entre eles, Veio Mangaba, Banda Mundo Livre S/A, DJ Dolores e outros.
Em 2002, fundou a Escola Comunitária de Música da Bomba do Hemetério para formação musical de jovens e crianças. Criou a Orquestra Popular da Bomba do Hemetério, para pesquisa, manutenção, releitura e interação cultural. Com a OPBH, gravou os CDs Jorrando Cultura (2007), transformado no primeiro produto audiovisual em tecnologia Blu-Ray do Norte-Nordeste. Em 2013, veio o CD #CabeçaNoMundo, vencedor do Prêmio da Música Brasileira na categoria regional, e que ganhou também versão em DVD. Em 2011, representou Pernambuco, juntamente com a Orquestra, em quatro apresentações no Brazilian Day, em Nova Iorque (EUA).
O Maestro Forró além de agradecer a homenagem, sugeriu que os vereadores concedessem mais homenagens a pessoas do povo, porque para ele é muito difícil o popular ocupar esses locais. “As pessoas que fazem cultura são a nossa riqueza e 60% delas estão na Bomba do Hemetério. Fiquei feliz e surpreso com a honraria. Mas é preciso garantir esses espaços para o povo”. Ele considera a cultura como instrumento de fortalecimento da democracia. Consciente, disse que sabe das dificuldades que a cultura popular atravessa, e ponderou que fazer cultura neste país é fazer política, "pois somos todos agentes políticos".
Em 23.03.2018 às 18h11.