Plenário debate leilão do Edifício Holiday

Na tarde desta segunda-feira (24), o requerimento número 793/2025, de autoria da vereadora Ana Lúcia (Republicanos) foi discutido na Câmara do Recife. A medida faz um apelo ao presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco, desembargador Ricardo de Oliveira Paes Barreto, a fim de verificar a possibilidade de revisão da decisão que estabeleceu a ordem de pagamentos com o valor arrecadado no leilão do Edifício Holiday, localizado no Bairro Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, priorizando a indenização dos proprietários ou daqueles que apresentem justo título de propriedade, documentalmente incontroverso.

O requerimento não constava na Ordem do Dia e foi apresentado extrapauta.  A autora da proposição, Ana Lúcia, lamentou veementemente a forma como será dividido o valor total arrecadado com o leilão. “Será usado nessa ordem: eventual dívida trabalhista; tributos sobre o imóvel; eventual débito com as concessionárias de serviço público; ressarcimento do município do Recife, despesas com perícia e, o que sobrar após essa sequência, será rateado entre os proprietários ou aqueles que apresentem justo título documentalmente incontroverso de propriedade. Isso é muito grave. Isso é muito sério. Diversas famílias estão ligando e pedindo que solicitem ao meritíssimo a inversão dessa ordem”.

A vereadora ressaltou que os antigos moradores irão receber valores ínfimos e apelou para que não ocorresse a ordem de pagamento apresentada pelo juiz. “Percebam que os moradores não estão questionando absolutamente nada, eles estão questionando apenas para que possam receber valores que, segundo eles, não vão passar de R$ 20 mil reais. Então, eu quero aqui apelar e esse apelo vai para o desembargador Ricardo Paes para que possa dirigir-se ao juiz Marcos Garcez, que ordenou essa sentença. Pensem nessas famílias. Elas pedem que sejam olhadas em primeiro plano”.

Outro parlamentar a discutir o assunto, foi o vereador Eduardo Moura (Novo). Ao ocupar a tribuna, ele disse ter acompanhado a trajetória do Edifício Holiday desde o início, e que “foi uma coisa muito injusta” o que aconteceu sobre o resultado do leilão. “Na minha visão, isso aqui deveria ser revisto. A primeira coisa ali é quem é detentor dos apartamentos receber o valor justo, e o valor justo não pode ser menos do que R$ 100 mil. Isso é um acinte a quem resistiu tanto tempo”, afirmou.

Em aparte, o vereador Luiz Eustáquio (PSB) afirmou que “o que estão fazendo com essas famílias é um absurdo" e questionou o valor do leilão tendo em vista tratar-se de um espaço em área nobre da cidade. Em seguida, o vereador Rinaldo Junior (PSB) defendeu que primeiro, quem tem que receber o dinheiro dessa venda são os profissionais que trabalhavam no local, pois são dívidas trabalhistas. "Porque essas dívidas dos trabalhadores que prestaram serviços ao Holiday são dos moradores”.

 

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Clique aqui e assista ao pronunciamento da vereadora Ana Lúcia.

Clique aqui e assista ao pronunciamento do vereador Eduardo Moura.

 

Em 24.02.2025