Terreiro de Mãe Amara pode se tornar Patrimônio Imaterial Cultural do Recife
“É reconhecer a relevância histórica, cultural, social e política dessa instituição que há quase 80 anos desempenha um papel fundamental na presença e valorização das tradições afro-brasileiras do município do Recife e, também, do Brasil. O terreiro representa uma importante herança da tradição nagô em Pernambuco, sendo um dos poucos que ainda mantém viva a ancestralidade. Ao longo dos anos, o Terreiro de Mãe Amara destacou-se não apenas como espaço religioso, mas também como um ponto de convergência para atividades culturais, sociais e educativas, que beneficiam tanto a comunidade local quanto a cidade do Recife como um todo”, disse Cida Pedrosa.
No aparte, a vereadora Jô Cavalcanti (PSOL) destacou que era com muita alegria que vota favorável à proposição. “Eu estou, aqui, somando com você nessa matéria e a gente sabe que a intolerância religiosa hoje é muito forte. De alguns anos para cá, vem se aprofundando muito e temos que prezar pela diversidade religiosa e não pelo preconceito. Por isso, quero dizer que eu estou muito feliz com essa iniciativa”.
Em seguida, a vereadora Liana Cirne (PT) enfatizou que garantir o reconhecimento do Terreiro de Mãe Amara como Patrimônio da cidade do Recife é dar mais um passo pela liberdade religiosa. “E dizer ‘não’ à intolerância. Num momento em que os nossos terreiros estão sendo tão atacados, que as escolas laicas estão sendo atacadas, em que há medo da comunidade de religião de matriz africana de se expor, nós não podemos ficar calados diante disso. Então, Cida Pedrosa, essa sua ação de hoje, sem dúvida, é um ato em defesa da liberdade religiosa".
Ela parabenizou a autora do projeto de lei e os integrantes do Terreiro de Mãe Amara que acompanharam a votação das galerias e entoaram cânticos quando a matéria foi aprovada com os votos contrários de seis parlamentares: Felipe Alecrim (Novo). Thiago Medina (PL), Eduardo Moura (Novo), Alef Collins (PP), Gilson Machado Filho (PL) e Ana Lúcia (Republicanos).
Aprovado em segunda votação - Na terça-feira (11), o projeto de lei nº 189/2024 votou à pauta no plenário e foi aprovado em segunda votação. A matéria segue para sanção do prefeito do Recife.
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Em 10.02.2025/ atualizada em 12.02.2025