Vereadores discutem requerimento que pede providências sobre mortes por choque elétrico
O requerimento trata das duas pessoas que morreram eletrocutadas durante as fortes chuvas que ocorreram no Recife. O vereador Eduardo Moura lamentou o ocorrido e salientou a importância do pedido. “São impressionantes os dados que eu acabo de receber do meu time de assessores. Os dois homens foram eletrocutados porque as ruas estavam alagadas, e rua alagada é falta de escoamento de água pluvial, limpeza de galeria, coisa básica que toda cidade tem que ter. Mas o Recife tem menos de 50% da cidade saneada. É muito importante o pedido do vereador Luiz Eustáquio, para que se explique a situação dos choques elétricos”, disse.
O vereador Luiz Eustáquio, em aparte, explicou que o requerimento é para que a Neoenergia e a Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb) averiguem o motivo da corrente elétrica. “É verdade que o alagamento foi o causador dessas mortes, mas também é verdade que muitos outros acidentes já aconteceram com postes, mesmo em momentos não alagados. Aqui no Recife precisamos avançar ainda mais na drenagem, somos a 9ª capital com mais saneamento no país, eu gostaria que fossemos a primeira”, afirmou. Clique aqui e acompanhe o pronunciamento do vereador Eduardo Moura.
A vereadora Liana Cirne também se pronunciou a favor do requerimento em debate. Na tribuna do plenário, ela repercutiu, ainda, uma outra matéria, de sua autoria, em discussão na reunião desta terça-feira, e que seria aprovada pela Casa: o requerimento nº 462/2025, que solicita a realização de uma audiência pública na Câmara para discutir os acidentes e mortes causados pela rede elétrica. O evento vai acontecer no dia 20 de março, às 14h, no plenarinho da Câmara.
Segundo Liana Cirne, o problema vai além das mortes registradas na capital durante o último período chuvoso. Em seu discurso, ela lamentou tanto esses falecimentos quanto os de outros pedestres – e também, de trabalhadores a serviço da empresa – que morreram em diversas situações, em decorrência da falta de segurança dos fios expostos na cidade. A vereadora também afirmou que faltam informações sobre os investimentos em segurança previstos no termo de concessão da companhia de distribuição de energia para a iniciativa privada. “A Neoenergia nos deve explicação do porquê é tão alto o número de mortes por eletrocução na nossa cidade”, afirmou. “É direito de todo recifense e de toda recifense caminhar pelas ruas do Recife sem medo de morrer de choque elétrico”. Clique aqui e assista ao pronunciamento da vereadora Liana Cirne.
Em outro momento da reunião plenária, o vereador Eduardo Moura voltou à tribuna para comentar o requerimento da vereadora Liana Cirne, sobre a realização da audiência pública. “Um pedido eu faço aos vereadores e vereadoras para acabar com a forma híbrida. Deveria ser presencial, olho no olho, enfrentando a população e as famílias que perderam os parentes que foram eletrocutados. A obrigação do órgão em vir à Câmara deveria ser presencialmente”.
No aparte, o vereador Samuel Salazar (MDB) recordou que o formato híbrido foi aprovado pela Casa no período da pandemia. “Desde a pandemia, foi aprovado a resolução nessa Casa para que as reuniões possam ocorrer de forma híbrida. Acho que nada impede a vereadora que está propondo de tentar fazer o convite no modo presencial. Há uma completa legalidade para que as reuniões ocorram dessa forma”.
Rinaldo Junior (PSB) lembrou que as secretarias municipais sempre atenderam às manifestações da Casa. “As secretarias sempre estiveram aqui quando foram chamadas para uma audiência pública e eu concordo que a Celpe [atual Neoenergia] podia muito bem vir, para a Casa do povo, presencialmente”. Clique aqui e acompanhe o segundo pronunciamento do vereador Eduardo Moura.
Clique aqui e assista a reportagem do TV Câmara do Recife.
Em 17.02.2025