Audiência pública debate educação do Recife
O vereador Felipe Alecrim pontuou que a educação enfrenta dificuldades e citou as necessidades das escolas municipais. “Vamos elaborar diversos Pedidos de Informação para que a gente tenha dados concretos daquilo que é o sentimento da população com relação à educação aqui no Recife. Depois vamos aprovar requerimentos aqui, na Câmara Municipal, que exijam soluções para os diversos problemas e foram muitos os apresentados. São crianças que estão fora da sala de aula, são famílias atípicas que não conseguem matricular seus filhos que têm Transtorno Espectro Autista (TEA) e são professores que reclamam e questionam muito o ambiente de trabalho”.
O vereador Eduardo Moura destacou as demandas que foram colocadas por pais, responsáveis e professores e explicou como serão feitos os Pedidos de Informação à Prefeitura. “Atualmente, há uma fila de 6.943 alunos crianças e pré-adolescentes aguardando matrícula na rede municipal. Só para o berçário são 226 crianças esperando. Vamos fazer Pedidos de Informação baseados na LAI (Lei de Acesso à Informação). E são Pedidos de Informação com relação a salários e contratos. É uma questão que deveria unir todos. Nós precisamos tratar melhor dessas crianças. E, tratando bem as crianças, a gente trata bem a cidade”.
Manuela Caline da Silva, professora aprovada em um dos concursos da rede municipal, detalhou como está a situação da categoria. Segundo ela, mais concursados precisam ser chamados. “Os professores contratados são os que substituem os concursados numa aula atividade, ou quando alguém está adoecido, de férias ou fazendo cursos de especialização. Os contratados dão esse suporte à gestão. Mas o que está acontecendo é que o contratado está ocupando o lugar do professor efetivo. Então, não tem como substituir um professor para as crianças. Nos anos finais, é a mesma situação. A última convocação foi no dia 2 de janeiro, não houve substituição dos professores que não quiseram ficar e foram aprovados em outros concursos”.
Emerson Lardião, professor da rede pública, lamentou a situação dos alunos dos anos finais que possuem dificuldades no aprendizado. “Se cada um aqui presente pegar as turmas de anos finais, neste exato momento, esses alunos estão incapacitados de realizar as operações mais básicas de matemática e de compreender as regras mais básicas da língua portuguesa. Precisamos de políticas públicas para a educação da cidade”. Após a fala de Lardião, vários professores e pais de alunos fizeram o uso da palavra e deram sugestões a Felipe Alecrim e Eduardo Moura.
Em 12.03.2025