Críticas à educação do Recife são tema de debate na Câmara
A identificação, pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE), de um possível superfaturamento na compra de materiais destinados a professores da rede foi um dos principais pontos abordados nos discursos. Mas outras questões também foram mencionadas, principalmente, por Felipe Alecrim, que repercutiu uma audiência pública sobre educação promovida por seu mandato em 12 de março, na Câmara.
“Foram vários os relatos dos problemas que tocam, hoje, a educação em nossa cidade: a infraestrutura completamente inadequada, falta de acessibilidade, crianças com TEA que não têm acesso à escola porque faltam profissionais auxiliares, faltam professores”, exemplificou. “Os servidores, de um modo geral, estão mal remunerados. As crianças não estão sendo matriculadas – e, quando são matriculadas, são [matriculadas] distante da sua residência”. Clique aqui e assista ao pronunciamento do vereador Felipe Alecrim.
Em seu discurso, o vereador Thiago Medina enfatizou o relatório do Tribunal de Contas do Estado na compra de livros. “Segundo o Tribunal, o conteúdo não justifica essa diferença no valor, ele diz: ‘destaca-se que eventual alegação de economia de escola não justificaria tamanha discrepância dos referidos preços’. Apenas nos anos de 2023 e 2024, foram mais de R$ 3 milhões em sobrepreço. Com R$ 3 milhões você consegue construir uma creche do zero. Dava para comprar fralda, material que está faltando na escola. Por que comprar um kit de R$ 3 mil se os alunos não têm material escolar?”, questionou. “Não estamos acusando ninguém. É por isso que, como oposição, nós vamos apurar os fatos. É por isso que um requerimento de minha autoria convoca a atual secretária de Educação para prestar esclarecimentos”, complementou. Clique aqui e assista ao pronunciamento do vereador Thiago Medina.
O vice-líder do governo, vereador Rinaldo Junior também se dirigiu à tribuna, afirmou que analisou o fato do superfaturamento dos livros e disse que houve um equívoco. “Fui pesquisar os autos e aconteceu um equívoco simples e que, ao fim do processo no Tribunal de Contas, tudo será resolvido”, destacou. Segundo o parlamentar, trata-se da informação de que o preço unitário do livro seria R$ 1.690. “Esse livro é de um programa que existe há 10 anos e não é o preço unitário calculado para 300 professores, como diz o TCE. E, sim, calculado para 300 unidades a 4000 professores. A notícia também informou que, fazendo uma análise com o mesmo preço de mercado do livro, fez uma comparação com livros que são destinados a alunos. E aí é mais um erro porque os livros serão destinados aos professores e o valor de mercado desse livro é totalmente diferente”, afirmou o vereador.” Clique aqui e assista ao pronunciamento do vereador Rinaldo Junior.
Clique aqui e assista a reportagem do TV Câmara do Recife.
Em 24.03.2025