Vereadores debatem fiscalização em policlínica
O vereador Eduardo Moura contou que recebeu uma denúncia por falta de médicos na Policlínica Barros Lima. "Chegando lá, constatei a denúncia e constatei também que dos quatro médicos que deveriam estar lá, dois não estavam. Num resumo dessa fiscalização, as pessoas estavam sendo mandadas embora para casa porque não tinha como atendê-las já que o plantão estaria restrito porque só tinham duas médicas". O parlamentar disse que "deu voz prisão à médica" e se dirigiram à delegacia onde tanto a profissional de saúde, quanto ele, registraram boletins de ocorrência (BOs). Ele reclamou, ainda, de folhas de ponto dos médicos que já estavam assinadas durante todo este mês de março.
Eduardo Moura disse que já elaborou documentos pedindo providências a diversos órgãos. "Uma sequência de documentos está sendo feita, tais como uma representação ao Ministério Público por improbidade administrativa; processo administrativo disciplinar na Prefeitura; representação ao Cremepe [Conselho Regional de Medicina do Estado de Pernambuco] e um pedido de informação à Secretaria de Saúde do Recife sobre a quantidade de médicos da rede municipal de saúde e a escala de médicos de plantão na Policlínica Barros Lima”. Clique aqui e assista ao pronunciamento do vereador Eduardo Moura.
Em defesa da equipe de saúde, o vereador Tadeu Calheiros (MDB) reforçou que os profissionais do Recife devem ser respeitados, sobretudo no ambiente de trabalho. “Ninguém compactua com o que estiver errado; e o que estiver errado, deve ser corrigido". E ainda pediu "mais respeito aos profissionais de saúde". Em seguida, criticou a forma como o outro parlamentar se portou na unidade de saúde, "constrangendo, tirando a paz de um local onde as pessoas precisam ter o ambiente tranquilo para tomar decisões sobre a vida das pessoas”.
Segundo ele, a equipe da policlínica estava incompleta, porque dois profissionais estavam de atestados médicos. Neste plantão havia a orientação de direcionar pacientes sem grau de urgência para outra unidade de saúde ou explicar que só seriam atendidos pelo próximo plantão. “Foram mais de 20 fichas amarelas e vermelhas atendidas por aquelas médicas que estavam ali. Tinham pacientes na sala vermelha, na sala amarela. Inclusive há relatos fortes que precisam ser apurados, de uma paciente que estava na sala amarela e, com a agitação provocada, piorou os níveis tensionais e foi transferida para a sala vermelha”, lamentou Tadeu Calheiros. Clique aqui e assista ao pronunciamento do vereador Tadeu Calheiros.
Ao ocupar a tribuna, o vereador Rinaldo Junior também criticou o comportamento de Eduardo Moura. Em seu discurso, ele informou que a médica envolvida no caso “atendeu 22 pessoas e teve o seu atendimento paralisado” naquele dia por causa da ação do parlamentar. Rinaldo Junior frisou, também, que dois profissionais médicos justificaram previamente a ausência, por meio de atestados, e que, de acordo com informações colhidas na Barros Lima, todos os pontos são validados apenas após análise da diretoria da unidade. Outra questão destacada por ele foi que, ao realizar a ação, o parlamentar “entrou em área restrita, na área vermelha, onde tinha paciente entubado”.
“Precisamos, exatamente, ter a certeza absoluta de que esta Casa é a Casa do povo do Recife. Mas não podemos aceitar que espumas como essa deturpem a nossa função”, analisou Rinaldo Junior na ocasião, acrescentando que os parlamentares devem “continuar fiscalizando, mas humilhação e constrangimento ao profissional médico e ao trabalho médico, não vai ter”. Clique aqui e assista ao pronunciamento do vereador Rinaldo Junior.
Clique aqui e assista a reportagem do TV Câmara do Recife.
Em 17.03.2025