Câmara do Recife lamenta morte do papa Francisco
O papa Francisco faleceu vítima de um acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca, em sua residência, na Cidade do Vaticano, onde vivia desde que foi eleito, em 2013. Ele havia passado mais de um mês internado, entre fevereiro e março deste ano, para tratar de uma pneumonia bilateral, e seguiu com os cuidados em casa após ter recebido alta.
Na Câmara do Recife, o primeiro a discursar sobre o tema foi o vereador Chico Kiko. O parlamentar mencionou o papel humanitário que o papa Francisco exercia, e a sua luta pela paz mundial. “Em sua última frase, ele afirmou que o sofrimento que esteve presente na parte final de sua vida, ele ofereceu ao Senhor, pela paz do mundo e pela fraternidade entre os povos. Que a passagem transformadora e revolucionária do papa Francisco pelo Vaticano seja exemplo para todos os povos e países. A mensagem de paz, união e amor deixada por ele é um legado que não pode ser ignorado”, destacou.
Ao ocupar a tribuna, Jô Cavalcanti enalteceu a atuação do papa Francisco na defesa da democracia plena, dos movimentos populares, dos direitos humanos e da justiça social. “O mundo perdeu uma voz que fez ecoar os direitos dos pobres, dos trabalhadores, dos excluídos”, disse. “Desde o início do seu pontificado, ele afirmou, com firmeza: terra e teto são direitos fundamentais, assim como o trabalho. E que não são favores, nem concessões. O papa Francisco denunciou um sistema que destrói vidas e o meio ambiente em nome do lucro. Foi uma das vozes mais ativas contra a crise climática que a gente vive e está vivendo nos últimos tempos. Criticou o império do dinheiro, a economia que marginaliza e descarta, a guerra como negócio. Defendeu o povo palestino diante dos horrores de um genocídio pelo qual aquele povo vem passando”.
O vereador Samuel Salazar afirmou que Francisco “foi farol em tempos de incerteza” e também lembrou seus esforços na luta contra a desigualdade e pela fraternidade. “Ele rompeu protocolos, ressignificou a missão da Igreja no século XXI e estendeu a mão a todos, sem distinção. Seu pontificado foi, acima de tudo, um testemunho de compaixão, diálogo e justiça social”, refletiu o parlamentar. “Com raízes profundas na América Latina, o Papa Francisco jamais perdeu a sensibilidade com os sofrimentos do povo. Falou aos jovens, caminhou com os pobres, acolheu refugiados, visitou prisões, abraçou líderes de outras religiões — e nos fez lembrar que a fé, quando é autêntica, deve sempre estar a serviço da dignidade humana”.
Outro vereador a se pronunciar sobre o assunto foi Carlos Muniz (PSB), que destacou o legado que o papa Francisco deixou para a humanidade. “O marco essencial de sua trajetória de 12 anos [no pontificado] foi enfocar na convivência humana, a empatia”. O parlamentar definiu empatia como a paixão ou sentimento forte pelo próximo, assim como a capacidade de se colocar no lugar do outro. “Vivemos em tempos desafiadores, em que preservamos coisas negativas como individualismo e polarização política que dificultam a prática da empatia”. O parlamentar afirmou que, na prática diária da empatia, os “pequenos gestos e o saber ouvir são formas simples e eficazes de espalhar o Evangelho”. O papa Francisco, segundo ele, transformou vidas e inspirou pessoas com sua empatia.
Clique aqui e assista a matéria do TV Câmara do Recife.
Clique aqui e assista ao pronunciamento do vereador Chico Kiko.
Clique aqui e assista ao pronunciamento da vereadora Jô Cavalcanti.
Clique aqui e assista ao pronunciamento do vereador Samuel Salazar.
Clique aqui e assista ao pronunciamento do vereador Carlos Muniz.
Em 22.04.2025.