Nomes para espaços públicos e maior tempo para licença paternidade: requerimentos aprovados
O requerimento nº 4.594/2025, solicita o cumprimento integral à lei municipal nº 19.232, de 27 de maio de 2024, que denomina oficialmente o futuro parque público a ser construído no Cais José Estelita como “Parque da Resistência Leonardo Cisneiros”, a vereadora Jô Cavalcanti reforçou o pedido. “O parque é um símbolo de resistência dos espaços públicos que a gente tem aqui na cidade. Omitir o nome de Leonardo Cisneiros nesse parque é desrespeitar as famílias, estudantes, movimentos sociais que lutavam naquele espaço", afirmou. "Esse requerimento é uma demanda formal para que a Prefeitura do Recife cumpra essa lei”.
Em parte, o vereador Rinaldo Junior (PSB) informou que irá se debruçar sobre a lei “porque eu tenho a lembrança de que era apenas uma parte do parque [a ser denominado], mas acredito que o parque todo merecia o nome de Leonardo Cisneiros, que foi dado por essa Câmara a um dos maiores militantes pela causa”.
A vereadora Jô Cavalcanti destacou também, o requerimento de nº 4.883/2025 que solicita que a creche localizada na Rua Camboriú, nº 430, no Vasco da Gama, seja nomeada ‘Creche Municipal Lenira Carvalho’. Ela discorreu sobre a vida e lutas da homenageada. “ Lenira Carvalho nasceu em 1932, em Alagoas, e veio para o Recife trabalhar como empregada doméstica. Dessa experiência, nasceu uma força e ela encontrou no movimento popular, especialmente na Juventude Operária Católica (JOC), os caminhos para transformar revolta em ação coletiva. Ajudou a fundar a Associação das Trabalhadoras Domésticas, que virou o Sindicato das Trabalhadoras Domésticas”, ressaltou. "Queremos fazer dessa creche um espaço carregado de memória e inspiração".
O requerimento nº 4.882/2025 sugere a equiparação do tempo de licença-paternidade ao de licença-maternidade para os servidores públicos municipais, bem como a promoção de incentivos para que a iniciativa privada local também adote essa medida. “O processo social exclusivo que é a paternidade não pode ser tratado como coadjuvante. As mulheres têm o direito de seis meses de licença, mas os pais têm pouco tempo para dar esse suporte à mulher. Queremos que a sociedade tenha uma família mais justa, com vínculos afetivos e relação de trabalho menos desiguais. Precisamos garantir que pais e mães tenham o mesmo direito ao cuidado não só do bebê, mas ao cuidado da mãe”, defendeu Jô Cavalcanti.
Clique aqui e assista ao pronunciamento da vereadora Jô Cavalcanti.
Em 03.06.2025