Requerimento que visa impedir funcionamento da APPS em policlínica é debatido no plenário
Ao ocupar à tribuna para discutir o requerimento, a vereadora Jô Cavalcanti ressaltou ser "um ataque direto a um trabalho sério e alinhado" com a Política Nacional de Educação Popular em Saúde do SUS [Sistema Único de Saúde]. "Eu acho que a atuação da APPS dentro da rede pública é uma experiência importante, um trabalho reconhecido por prevenção de ISTS, HIV, AIDS, distribuição de preservativo e orientação de saúde sexual e reprodutiva. Quando o vereador apresenta o requerimento para tirar essa APPS, ele não está defendendo o interesse público, mas sim um interesse menor de criar polêmica com julgamentos morais”, afirmou. “É um jogo de perseguição ideológica de expulsar a APPS de uma unidade tão importante aqui no Recife", reclamou a parlamentar.
Após o pronunciamento de Jô Cavalcanti, Tiago Medina ocupou a tribuna do plenário para defender a aprovação do requerimento nº 6.896/2025. Ele negou que o seu pedido configurava um tipo de perseguição e disse que a associação era usada “para fazer palanque político”. “Se um vereador quer que o dinheiro do pagador de imposto, dinheiro público, seja direcionado para a população, e não para uma associação de prostitutas é perseguição, me poupe. Todo mundo tem que fazer perseguição, então. Então, para deixar claro aqui, isso não é perseguição política. Eu só quero que o meu dinheiro de imposto e de todo o Recife não vá para associação de prostituta, que vá para o recifense como um todo”.
Pedidos variados – Diversos outros requerimentos de autoria do vereador Thiago Medina foram discutidos durante a reunião plenária desta segunda-feira. Dentre eles, estavam o requerimento nº 6.930/2025, que pede mais visibilidade para a divulgação do “Programa Mãe Legal/Entrega Legal”; dois requerimentos que solicitavam a remoção de pessoas de uma ocupação no antigo Colégio Americano Batista, feita por um movimento que realizou uma manifestação no local e que já foi retirado dali pelas autoridades; e o requerimento nº 8.049/2025, que pede providências para impedir a atuação abusiva de guardadores de carros, mais conhecidos como ‘flanelinhas’, na rua Capitão José da Luz, no bairro dos Coelhos.
No debate, além dos comentários de Thiago Medina, se pronunciaram em aparte os vereadores Felipe Alecrim (Novo), Gilson Machado Filho (PL) e Eduardo Moura (Novo). “É uma alegria muito grande ser o autor dessa lei. Hoje, essa divulgação literalmente salva vidas”, disse Felipe Alecrim a respeito do “Programa Mãe Legal/Entrega Legal” e do pedido por mais publicidade formulado por Medina. “Essa manifestação foi feita na avenida Agamenon Magalhães, que é cercada por hospitais. Enquanto a manifestação estava acontecendo, tinha diversas ambulâncias querendo passar com seus pacientes para levar para os hospitais”, comentou Gilson Machado Filho, sobre o protesto do movimento que havia ocupado o Colégio Americano Batista. “Agora, na Zona Azul, os flanelinhas estão colocando cone e você tem que pagar a Zona Azul e pagar o flanelinha”, alertou Eduardo Moura, sobre as reclamações de atuação abusiva de alguns guardadores de carros.
Clique aqui e assista a reportagem do TV Câmara do Recife.
Clique e assista ao pronunciamento da vereadora Jô Cavalcanti.
Clique e assista ao pronunciamento do vereador Thiago Medina.
Em 08.09.2025.