Vereadores debatem fiscalização nos conjuntos habitacionais da Vila da Aeronáutica

A fiscalização realizada pelo vereador Eduardo Moura (Novo), no último sábado (6), no terreno da antiga Vila da Aeronáutica, na Zona Sul, onde estão sendo construídos dois habitacionais, foi repercutida durante a reunião plenária da Câmara do Recife, desta terça-feira (9). Ele disse que a obra estava embargada, reclamou por ter sido barrado no local e afirmou que a prerrogativa de fiscalizar a administração municipal não foi respeitada. A vereadora Kari Santos (PT) e o vereador Rinaldo Junior (PSB) questionaram o parlamentar e defenderam a construção dos empreendimentos - uma parceria da Prefeitura do Recife com o programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal.

A construção dos habitacionais foi anunciada no início do mês de agosto, mas, poucos dias após, as obras foram embargadas numa ação conjunta entre a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Fernando de Noronha e a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH). Foram alegadas questões ambientais.

O vereador Eduardo Moura explicou que no último sábado, ele recebeu a informação de que as obras teriam sido retomadas no local e foi até lá fazer uma fiscalização.  "Eu cheguei na Vila da Aeronáutica e tentaram me barrar", afirmou, então ele pulou o muro para entrar. "Havia militantes dentro da obra", disse o parlamentar. "Eles tentaram me cercar", contou, "e chegaram a me agredir duas vezes". Conforme detalhou, houve uma troca de empurrões.

Na tribuna, a vereadora Kari Santos indicou haver preocupações político-eleitorais na crítica à construção dos habitacionais. De acordo com ela, alguns parlamentares que se dizem contrários à obra não estariam interessados na proteção ao meio ambiente, mas em barrar a entrega de um equipamento que poderia dar mais popularidade ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“O que está acontecendo nesse habitacional não é simplesmente um fato de fiscalizar ou não. É uma tentativa de impedir uma obra popular do governo do presidente Lula, que vai trazer acesso à habitação para 2,6 mil pessoas. [São] 528 unidades, um terreno que foi cedido pelo presidente Lula, com investimento do Governo Federal de R$ 16 milhões”, disse. “E a gente precisa entender que, aqui, está se criando uma cortina de fumaça para se dizer que existe uma preocupação com o meio ambiente, quando se tem vereador nesta Casa que já elogiou um ex-ministro do Meio Ambiente de [Jair] Bolsonaro, Ricardo Salles (Novo), que é réu por contrabando por madeira ilegal”.

Ao ocupar a tribuna para tratar do assunto, Rinaldo Junior salientou que o canteiro de obras já está sendo montado e que a Agência Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco (CPRH) já se encontra ciente da autorização ambiental que libera a construção. “No último sábado (6), a Prefeitura da cidade do Recife retomou as atividades naquele canteiro de obras porque a autorização ambiental já estava nos autos e em posse da CPRH”, informou. “Em nenhum momento, ele [Eduardo Moura] esclareceu que a obra, neste exato momento, está totalmente regular. E aí eu me pergunto: qual é o interesse, qual é a intenção de querer barrar a construção de habitacional de moradia popular para quem mais precisa?”

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Clique aqui e assista ao pronunciamento do vereador Eduardo Moura. 

Clique aqui e assista ao pronunciamento da vereadora Kari Santos. 

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Em 09.09.2025.