Vereadores debatem julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro
As sessões do julgamento em que o ex-presidente é apontado como principal articulador e beneficiário de tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, foram marcadas entre os dias 2 e 12 de setembro. Ao subir à tribuna, a vereadora Jô Cavalcanti comemorou o início do julgamento. "A gente vive um momento histórico no nosso País. Pela primeira vez, um ex-presidente da República, generais de quatro estrelas e outros militares de alta patente estão sentados no banco dos réus do STF. Isso é um momento transformador para a nossa democracia", afirmou.
A parlamentar elencou alguns dos crimes pelos quais o ex-presidente está sendo julgado. "Ele e seus cúmplices estão sendo julgados por organização criminosa, tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito, tentativa de golpe de estado, dano qualificado deteriorando patrimônio tombado pela União. Então, esse é mais um dia para a gente comemorar", exaltou.
Ao tratar do assunto na tribuna, a vereadora Kari Santos frisou que Bolsonaro é julgado por “uma tentativa de golpe de estado, porque fracassou no processo eleitoral e achou que poderia atentar contra o estado democrático de direito, contra as instituições”, a partir de um “plano para poder matar o presidente da República, eleito democraticamente, o seu vice, Alckmin, e o ministro do STF”. Ela tratou das consequências práticas da trama golpista, caso o plano obtivesse sucesso, e disse esperar ver o ex-presidente ser julgado também por sua condução da pandemia de covid-19, que atingiu a marca dos 700 mil mortos no Brasil. “Bolsonaro está sendo julgado por uma tentativa de golpe de estado. Se o golpe tivesse dado certo, a gente teria uma nova ordem e um golpe implementado neste país”.
Já o vereador Thiago Medina ocupou a tribuna do plenário para criticar a atuação do relator do caso no STF, o ministro Alexandre de Moraes, e o campo da esquerda política. Medina classificou algumas decisões do ministro como atos de censura, questionou a sua figuração tanto na relatoria como de vítima da tentativa de golpe, e disse que a causa servia para perseguir Jair Bolsonaro. “Esse teatro tem um só objetivo: é perseguir o político mais influente do Brasil, que é Jair Messias Bolsonaro. Porque eles têm medo de uma coisa. Eles têm medo de 2026, o reinado deles começar a ruir”, afirmou.
Clique aqui e assista a reportagem do TV Câmara do Recife.
Clique e assista ao pronunciamento da vereadora Jô Cavalcanti.
Clique e assista ao pronunciamento da vereadora Kari Santos.
Clique e assista ao pronunciamento do vereador Thiago Medina.
Em 02.09.2025.