Audiência Pública debate retomada de Festival de Músicas Carnavalescas do Recife
A vereadora Liana Cirne destacou que a audiência pública sobre a retomada do Festival de Músicas Carnavalescas do Recife foi convocada a partir do pedido do cantor, compositor e presidente do Bloco Flabelo Encantado, Ricardo Andrade, e tem por finalidade reunir representantes do poder público, artistas, compositores, produtores culturais, entidades da sociedade civil e a população em geral, para debater os motivos da descontinuidade do Festival.
“Nosso objetivo é discutir as medidas necessárias à retomada do Festival e propor encaminhamentos que garantam sua realização anual, conforme estabelece a legislação municipal. O Festival de Músicas Carnavalescas do Recife é um dos mais importantes espaços de valorização da cultura popular e da produção musical da nossa cidade. O evento incentiva novos compositores e intérpretes pernambucanos, promovendo o lançamento com três meses de antecedência de músicas inéditas para o Carnaval do Recife. O primeiro, segundo e terceiro lugares de cada categoria recebiam prêmios em espécie e troféus, além da inclusão das obras no disco oficial do festival”.
Ricardo Andrade, cantor, compositor e presidente do Bloco Flabelo Encantado e do Instituto Histórico do Paulista, disse que pensar um Festival, hoje, é pensar com uma nova dinâmica social. “Com um novo modus operandi de fazer do produto do frevo. Algo que possa ter permeabilidade e que possa perpassar o período categórico do Carnaval. A gente tem que criar formas alternativas laboratoriais de fazer. E o instrumento, para isso, eu não tenho dúvida de que é o Festival de Músicas Carnavalescas. E há de se repensar o modelo, a forma e o conteúdo”.
Ademir Araújo, o Maestro Formiga, explicou o motivo de não existir festival de frevo há anos e contou como era a participação nos eventos. “Não há festival pela própria categoria profissional. Alguns compositores fazem frevo, mas não valorizam o frevo. Na época em que havia festivais, no Teatro do Parque, não tinha prêmio. Mas, havia mais de 400 músicas inscritas. Tem que ser pensado um novo modo de fazer o festival”.
Getúlio Cavalcanti, compositor, acredita que a realização da audiência pública vai formar uma força para que se possa dar continuidade ao evento “Um trabalho belíssimo que eu tenho certeza de que vai dar certo. O soerguimento do Festival de Frevo. E que a gente possa valorizar quem está chegando, quem está presente e quem está se despedindo”. Já Hugo Martins, ator, compositor e radialista, relembrou, com grande carinho e nostalgia, a realização de grandes festivais.
Dirceu Marroquim, secretário executivo de Gestão da Secretaria de Cultura do Recife, falou sobre as possíveis perspectivas do retorno do Festival e propôs a criação de um Grupo de Trabalho. “Existe um processo burocrático que faz com que o tempo de resposta nem sempre é o mesmo que a gente sonha. É preciso ter uma remodelação. Vamos repensar um formato interessante e o tamanho do concurso para poder brigar por orçamento. Eu quero propor, aqui, que a gente monte um grupo de trabalho com o poder público e sociedade civil como deve ser”.
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Clique aqui e assista a audiência pública: Festival de Músicas Carnavalescas do Recife.
Em 24.11.2025