Desenvolvimento Econômico debate setor dos shoppings centers e carregamento de veículos elétricos

A Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara Municipal do Recife reuniu-se, na manhã desta quarta-feira (12), com a presença do vereador Luiz Eustáquio (PSB), presidente do colegiado, além de Thiago Medina (PL), Gilson Machado Filho (PL) e Júnior de Cleto (PSB), para debater o desenvolvimento dos shoppings centers e a implantação de pontos de carregamento de veículos elétricos nos centros de compras e prédios residenciais. Ambos os temas contaram com as explanações do diretor-executivo da Associação Pernambucana de Shopping Centers (Apesce), Rodrigo Barros, e do advogado e ex-procurador do Recife, Cláudio Ferreira.

O diretor-executivo da Apesce, Rodrigo Barros, falou dos números em Pernambuco e citou dados do desenvolvimento do setor. “Nós temos 22 shoppings funcionando em todo o Estado, com 3.280 lojas, cerca de 38.000 empregos e uma média de 500 mil clientes/dia.  Representamos 4,7% do faturamento dos centros de compras no Brasil e 3,5% do Produto Interno Bruto de Pernambuco. Os empreendimentos buscam meios para viabilizar as iniciativas, desde a infraestrutura necessária até a eficácia dos resultados em benefício das comunidades”.

Sobre a relação com o setor público, o diretor disse que havia impactos na área tributária e que, muitas vezes, uma legislação não entrega o resultado que pode ser esperado para a população quando envolve os shoppings centers. “Mas, nós temos trabalhado fortemente para que a produção legislativa atenda a população, principalmente no que se diz respeito aos shoppings para que a gente consiga ‘entregar juntos’. Ou seja: não adianta ter um bom projeto de lei, mas que, na prática, a gente não consiga viabilizar, seja por uma questão operacional ou de custo. Uma pequena mudança no projeto, a gente consegue o mesmo impacto sem causar dificuldades”.

O vereador Luiz Eustáquio salientou que os empreendimentos aumentarão cada vez mais na capital pernambucana, já que representam uma crescente geração de empregos. Eustáquio também recordou o centro da cidade. “A gente discute muito o renascimento do centro do Recife, mas sabemos que houve a migração do público do centro para os shoppings”.

Os vereadores Thiago Medina e Gilson Machado Filho ressaltaram que a Câmara Municipal do Recife e a Comissão estão sempre à disposição do setor. Já Júnior de Cleto (PSB) sugeriu a implementação de uma linha gratuita de ônibus complementar. “É importante implementar uma linha gratuita do transporte complementar no centro, atendendo Imip, Boa Vista, Guararapes e Recife Antigo. Estamos solidários ao comércio”.    

Sobre a questão do carregamento dos carros elétricos, Luiz Eustáquio citou o projeto de lei 67/2025, de sua autoria e que está em tramitação, que regulamenta a instalação de pontos de carregamento de carros elétricos em shoppings centers e edifícios comerciais e residenciais, do Recife, em locais que reduzam os riscos de explosões devido a produção de hidrogênio, ou outros gases inflamáveis, durante a carga da bateria.

Rodrigo Barros ressaltou que existe um investimento para adaptar o carregamento de carros elétricos e confessou que os problemas são muito poucos já que os carros são novos. Ele afirmou que aguarda a conclusão de definição, pelo governo estadual, em relação às regras. “Hoje, os shoppings estão aguardando uma definição que deve ser do Corpo de Bombeiros, o governo do Estado já baixou um decreto passando para que os Bombeiros tenham um prazo para definir sobre as regras de carregamento, mas os centros de compras já fizeram a primeira adaptação trazendo especialistas. Estamos agora esperando. Os shoppings vão optar pela questão mais conservadora possível com a colocação de vagas mais largas”.   

Sobre o projeto de lei, Rodrigo Barros disse que seria o caso de aguardar o posicionamento do Corpo de Bombeiros do Estado de Pernambuco. Ele pontuou que o setor dos shoppings centers já previu o novo cenário em relação aos novos tipos de veículos. 

O advogado e ex-procurador do Recife, Cláudio Ferreira, disse que era preciso garantir a integridade do patrimônio e explicou o dano quando ocorre um incêndio num veículo elétrico. “O nível de aquecimento do incêndio de um carro elétrico é tão alto que pode abalar a estrutura de um edifício. Outra preocupação é a duração das chamas para cessar o incêndio. Só cessa quando exaurir todo o lítio presente na bateria. E as fumaças são tóxicas”.  

Clique aqui e assista a reunião da Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara do Recife.

Em 12.11.2025