Vereadores debatem projeto Distrito Guararapes

Durante a reunião Ordinária da Câmara Municipal desta terça-feira (11), o projeto Distrito Guararapes, da Prefeitura do Recife, gerou debate. Desenvolvido com o apoio técnico do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o projeto pretende resgatar a função de moradia no Centro Histórico e atrair investimentos privados. A iniciativa contempla 35 quadras com 14 imóveis (sendo 12 para moradia, um para uso comercial e um para construção de um edifício garagem) no entorno da Avenida Guararapes e da Praça da Independência, área central da cidade - dentro de um modelo de concessão pública de 30 anos à iniciativa privada. O vereador Eduardo Moura (Novo) teceu críticas ao projeto e o vereador Júnior de Cleto (PSB) defendeu a importância do investimento para a cidade.

O vereador Eduardo Moura utilizou a tribuna da Casa para criticar o projeto Distrito Guararapes. "Todos viram que o que está sendo divulgado são 12 prédios e um cinema que vão ser cedidos à uma administração particular, e que a Prefeitura vai receber R$ 317 milhões por isso em 30 anos. O que daria, por ano, R$ 10 milhões e 566 mil e R$ 880 mil e 555. É muito pouco para um bairro, mas a empresa faria a reforma, o retrofit", disse. "O nosso gabinete fez as contas: R$ 317 milhões, mas a Prefeitura vai fazer uma contraprestação pública, vai colocar um dinheiro lá. Mas o que está na entrelinha desse projeto é que a Prefeitura vai fazer aportes municipais. Durante seis anos, a Prefeitura vai botar um subsídio", afirmou. 

Em resposta às críticas, o vereador Júnior de Cleto (PSB) disse que o projeto Distrito Guararapes é uma tentativa do poder público de “voltar a dar vida ao centro do Recife”. O parlamentar lamentou que a oposição, critica, “para atrapalhar o projeto”. De acordo com o vereador as transformações que estão previstas deverão passar por uma licitação. “O vencedor da licitação, que pode ser uma única firma ou um consórcio de empresas, deve investir um total de R$ 300 milhões em obras de requalificação e na manutenção urbana de uma área de 14 hectares, o equivalente a 14 campos de futebol”.

A concessionária vencedora, segundo Júnior de Cleto, terá a obrigação de reformar 14 imóveis sem uso, que estão localizados na área. “A maioria é objeto de espólio ou é massa falida, que será desapropriada pela Prefeitura do Recife”. Entre os imóveis, 12 serão destinados para uso residencial, a serem comercializados pelo programa Minha Casa Minha Vida, “para dar oportunidade a famílias de baixa renda”; um deverá ser destinado para uso comercial e o outro, para um edifício garagem.

Clique aqui e assista ao discurso do vereador Eduardo Moura.

Clique aqui e assista ao discurso do vereador Júnior de Cleto.

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Em 11.11.2025.