Vereadores discordam e discutem ação policial no Rio de Janeiro

O início da reunião plenária, desta segunda-feira (3), na Câmara Municipal do Recife foi marcado por uma discussão entre parlamentares, que teve como base a recente operação policial no Rio de Janeiro. Enquanto a vereadora Jô Cavalcanti (PSOL) ocupou a tribuna para denunciar “o massacre que aconteceu no Rio de Janeiro e deixou mais de 120 mortos", alguns parlamentares repudiaram as suas palavras, chamando as 117 pessoas mortas de bandidos e afirmando que a ação só teve como vítimas os quatro policiais assassinados. Em seguida, os vereadores Eduardo Moura (Novo), Thiago Medina (PL) e Osmar Ricardo (PT) ocuparam a tribuna da Casa para tecer suas considerações sobre o assunto.

A vereadora Jô Cavalcanti disse que abordaria “o que uma segurança pública mascarada e eleitoreira faz dentro de uma comunidade”. Para ela, "esse tipo de segurança pública não condiz com o que a comunidade vive de verdade, e eu sou um exemplo vivo de uma mulher que vem da comunidade dos Coelhos”, afirmou, relatando ter presenciado casos de violência. A parlamentar reclamou que alguns parlamentares estavam falando alto e atrapalhando o seu pronunciamento. Uma discussão tem início e num ato simbólico de apoio, as vereadoras Cida Pedrosa (PCdoB), Kari Santos (PT) e Liana Cirne (PT) subiram à tribuna e ladearam Jô Cavalcanti.

Em seguida, o vereador Eduardo Moura teceu as suas considerações na tribuna e foi ladeado pelos vereadores Gilson Machado Filho (PL), Paulo Muniz (PL), Thiago Medina (PL). Alef Collins (PP) e Felipe Alecrim (Novo). Ele pediu que providências sobre o caso fossem tomadas na Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara do Recife. “É contumaz, nesta Casa, subirem a esta tribuna para fazerem acusações aos vereadores de oposição de misoginia, de fascismo”.

Na sequência, o vereador Thiago Medina também rebateu o pronunciamento de Jô Cavalcanti, e foi apoiado pela bancada da oposição. Ele cobrou um posicionamento da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Casa e reclamou a mesma postura que o colegiado vem tendo ao apurar uma denúncia feita contra ele, pelo vereador Osmar Ricardo.

Trata-se do processo administrativo número 3601/2025, que Osmar Ricardo destacou na tribuna. “Então, primeiro tem que se respeitar a Comissão de Ética e, segundo, ela vai, sim, aprofundar e julgar esse processo". Sobre a operação policial no Rio de Janeiro, Osmar Ricardo considerou a importância do uso da inteligência policial. “O Elias Maluco [em 2002] matou o jornalista [Tim Lopes] da Rede Globo e foi preso sem terem gasto uma bala de fuzil, nem de 12 e nem de revólver, porque teve serviço de inteligência que foi lá e prendeu ele”.

Clique aqui e assista ao pronunciamento da vereadora Jô Cavalcanti.

Clique aqui  e assista ao pronunciamento do vereador Eduardo Moura. 

Clique aqui e assista ao pronunciamento do vereador Osmar Ricardo.

Clique aqui e assista ao pronunciamento do vereador Thiago Medina.

Em 03.11.2025