Diplomata Francisco Azevedo é cidadão recifense

O português diplomata de carreira, Francisco Carlos Duarte Azevedo, é o mais novo cidadão da capital pernambucana. Desde 2022, à frente do Vice-Consulado de Portugal no Recife, Francisco Azevedo assumiu a missão de aproximar ainda mais o seu país do nosso Estado e da nossa cidade. Na manhã desta quarta-feira (3), autoridades e amigos do diplomata puderam prestigiá-lo, na reunião solene para entrega do Título de Cidadão do Recife realizada no plenário da Casa, sob a iniciativa de Samuel Salazar (MDB). O vereador Zé Neto (PSB) presidiu a solenidade.

No início do evento, o autor da reunião solene, vereador Samuel Salazar, se dirigiu à tribuna para apresentar detalhes sobre a vida de Francisco Azevedo. De acordo com o parlamentar, o mais novo cidadão recifense tem uma trajetória construída em vários continentes.

“Francisco Azevedo serviu Portugal em Moçambique, na África e nas Américas, ocupando funções importantes, como Cônsul-Geral em Beira, Caracas e Newark, além de atuar como Conselheiro de Embaixada e Diretor do Centro de Análise Estratégica da CPLP. É um diplomata experiente, respeitado e comprometido com o serviço público. Cuida de uma comunidade de milhares de portugueses que escolheram nosso Estado para viver, e transformou o Vice-Consulado em um espaço ativo de acolhimento, cultura e diálogo com a Comunidade Luso-Brasileira”.

Sob a liderança de Francisco Azevedo, segundo Samuel Salazar, o Vice-Consulado teve papel decisivo na visita do Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, a Pernambuco. Também foi fundamental na articulação com a Universidade Federal de Pernambuco, que resultou na concessão do título de Doutor Honoris Causa ao Chefe de Estado português. Além disso, o diplomata trouxe sua experiência para a sala de aula, ministrando palestras na UFPE e compartilhando com estudantes e professores sua visão sobre geopolítica e diplomacia contemporânea.

Além da diplomacia, o homenageado também se destaca como escritor e poeta, com romances e obras de poesia que dialogam com a história e a cultura do mundo lusófono. Samuel Salazar ressaltou que entregar a cidadania recifense a Francisco Azevedo seria celebrar a conexão Recife-Portugal.  “É um intelectual que soma sensibilidade cultural ao trabalho diplomático, algo que enriquece ainda mais essa relação entre Portugal, Pernambuco e o Recife. Por tudo isso, pelo cuidado com a comunidade portuguesa, pelo fortalecimento das relações luso-brasileiras e pela contribuição à vida cultural e acadêmica da nossa cidade, esta Casa entende que o doutor Francisco Azevedo já é, de fato, um dos nossos.  Ao entregar o Título de Cidadão do Recife, o que fazemos hoje é reconhecer oficialmente essa ligação. Doutor Francisco, o Recife abre as portas da cidade e do coração do seu povo para recebê-lo como filho”.

Quebrando o protocolo a pedido do homenageado, o jurista, escritor e intelectual, José Paulo Cavalcanti Filho, e o jurista federal, Frederico Azevedo, teceram algumas palavras sobre o diplomata. “É um grande poeta e eu acho que deveria recitar, aqui, alguns poemas e vocês veriam a qualidade do intelectual que está se convertendo em recifense hoje”, disse José Paulo. “Sua personalidade incansável contribuiu e muito para aprofundar os laços da comunidade luso brasileira na capital pernambucana”, pontuou Frederico Azevedo.

Francisco  Azevedo falou do sentimento em se tornar, oficialmente, um cidadão recifense. “É uma grande responsabilidade e muitas pessoas estão aqui na Câmara. O Recife sempre esteve no meu coração, aliás, já está no meu coração há bastante tempo. É uma cidade que necessita do carinho de todos. Nós temos que colaborar uns com os outros no sentido do dia a dia de nossa cidade. O Recife é muito bonito”.

O homenageado enalteceu que foi criado num ambiente democrático, não racista e enfatizou a importância da Casa de José Mariano. “Ditaduras nunca mais! Esta Casa é um símbolo de democracia. É o núcleo base de uma democracia. Porque as democracias nascem nas cidades e nas cidades ela proliferam”.

Finalizando o discurso, ele aproveitou a ocasião para recitar um poema sobre Nossa Senhora da Conceição. “(...) Em busca da originalidade do pecado e da minha confissão do crente, não crente, se arrastando na mola humana por uma breve oração. O que toca o meu sentimento é comoção de estar aqui. E amanhã, talvez não. Viva Nossa Senhora da Conceição”.

A mesa da reunião solene contou também com a presença  do procurador Geral do Recife, Pedro Fontes; do representante do Gabinete Português de Leitura de Pernambuco, Celso Gaspar; do empresário André Ferreira da Costa; e  da conselheira da comunidade portuguesa em Recife e Salvador, Célia Stamford.

Clique aqui e assista a reportagem do TV Câmara do Recife.

Clique aqui e assista a reunião solene: Título de Cidadão do Recife para o diplomata Francisco Carlos Duarte Azevedo.

Em 03.12.2025