AACD comemora 61 anos e recebe homenagem na Câmara

A AACD, entidade sem fins lucrativos, criada há 61 anos em São Paulo pelo médico ortopedista Renato Bonfim, hoje existe em 13 cidades brasileiras, incluindo uma unidade no Recife, que sobrevive de doações e do trabalho voluntário, recebeu na tarde desta quinta-feira 20, homenagem da vereadora Vera Lopes (PPS), que também é médica pediatra.

Ela ressaltou o trabalho da associação na busca pela reintegração, reabilitação e socialização de crianças especiais. “A entidade é reconhecida pela classe médica e por toda a sociedade como aquela que trabalha pelo bem do próximo através de sua rede de voluntários e das doações que recebe. A AACD se destaca ainda pela produção de órteses e próteses para reabilitação de crianças. Nós médicos, voluntários e a sociedade somos abençoados por podermos contar com uma unidade aqui no Recife”.

Gustavo Krause, presidente do Conselho de Voluntários da AACD, agradeceu a homenagem dirigindo-se especialmente à vereadora Vera Lopes por ser ela médica, mãe, mulher e parlamentar. Ele disse que a vereadora havia lhe proporcionado duas alegrias, a primeira  de voltar à Casa de José Mariano, onde exerceu mandato de vereador por dois anos, e a outra é a de poder falar da AACD.

Gustavo Krause lembrou que foi aqui onde aprendeu grandes lições e começou a entender o que é o parlamento, uma casa legislativa. “Aqui podemos ficar perto do povo de verdade. É aqui que começa a democracia verdadeira. Na AACD 99% dos atendidos são pobres na forma da lei e isso é uma forma de escravidão. Todas as crianças atendidas são vítimas de patologias irreversíveis, também uma forma de escravidão. Não é estranho a essa instituição a luta pela libertação, como não é também a esta Casa, cujo patrono José Mariano, lutou pela abolição da escravatura”.

O presidente da entidade ressaltou que nesses 61 anos de existência, com orçamento de R$ 250 milhões por mês, não há histórico de desvio de dinheiro. “Nessa instituição que é vanguarda na reabilitação com equipamentos de última geração todos são iguais, não há apadrinhados. Vendo o exemplo da AACD somos tentados a crer que o Brasil tem jeito, contanto que não roubem e não deixem roubar”.

 

Em 20.10.2011, às 17h34