Aerto Luna defende táxis para melhorar mobilidade

Para promover o debate sobre o papel do táxi como uma das soluções para a mobilidade urbana, o vereador Aerto Luna (PRP) lembrou na reunião plenária desta segunda-feira,11, que a situação do transporte e do trânsito no Recife aponta para crescimento insustentável da frota particular.

Segundo ele, a Região Metropolitana conta com 1,1 milhão de veículos dos quais 60% são cadastrados no Recife, refletindo o caos no trânsito. Por isso, ele diz que se justifica a busca de esforços conjuntos entre sindicatos, sociedade civil e pode público para buscar uma nova configuração de transporte urbano, com mais prestação de serviço, e é neste contexto que o táxi pode preencher lacunas. "Um sistema de táxi eficiente é alternativa para melhorar a qualidade de vida". 

Um documento elaborado em 2012 identificou o perfil do profissional do táxi e elaborou propostas para melhorar o sistema. “Defendo a tese de que um serviço de táxi de qualidade aumenta a procura”. Entre as propostas do estudo está o táxi pela internet, o táxi seguro rastreado pela SDS, gestão integrada destes dois sitemas, táxi compartilhado por vários usuários em curtas distâncias,  táxi acessível para pessoas com deficiências, táxi evento, porto táxi melhorando o serviço portuário, capacitação e requalificação dos profissionais, certificado de qualidade e realização de campanha “Sou taxista, amo o Recife”  para estimular os profissionais.

O estudo indica ainda a revisão do mobiliário urbano para táxis. Aerto Luna alertou que os taxistas aguardam passageiros em locais sem abrigo do sol, sem telefone, banheiro, bebedouro e outros equipamentos. “Indica ainda a realização da feira do táxi, evento para reunir fornecedores de produtos e serviços para o setor, criar o táxi companheiro para melhorar o relacionamento do taxista com agentes de trânsito e o táxi legal para melhorar a legislação municipal”.

O vereador Gilberto Alves (PTN)  lembrou que foi  presidente da Comissão Especial de Mobilidade na legislatura passada e que uma das audiências públicas realizadas pelo grupo tratou da questão dos táxis do Recife. “Eu tenho certeza  que este conjunto de propostas apresentadas visam buscar qualidade e melhorias para todos nós, moradores e visitantes.  Sabemos o quanto um bom serviço  de táxi impacta  positivamente as pessoas”. 

Já o vereador Marco Aurélio (PTC)  chamou a atenção para um uso maior do serviço de táxis por conta das blitzes da Lei Seca e por causa das constantes festas na cidade. “As pessoas reclamam que não conseguem tomar um táxi, é preciso saber se realmente há falta de táxis ou se os profissionais não estão fazendo uso da concessão”.

O  estudo realizado pelo professor Jorge Jatobá, publicado na Revista Algo Mais, foi destacado pelo vereador André Régis (PSDB) . O trabalho demonstra que o Recife tem uma frota pequena, sendo necessária a ampliação. “O taxista aqui tem um custo alto por causa de nossas estradas. Diferente de Brasília, por exemplo,  onde é preciso fazer uma revisão a partir dos 10 mil quilômetros rodados. Aqui é necessária revisão com uma quilometragem bem menor”.

Para o vereador Raul Jungmann (PPS), “os taxistas  prestam um serviço público importante e é preciso que  se capacitem, principalmente, pela proximidade dos grandes eventos que serão sediados na cidade”.

A questão da segurança foi destacada pelo vereador Felipe Francismar (PSB). “O serviço está ligado à vida, pois é utilizado para que a população se proteja de algum ato ilícito. É preciso que discutamos medidas para fortalecer esta categoria  O que notamos é que quanto mais este serviço for aprimorado, ganha a cidade. Pois quanto menos carros da população nas ruas, melhor para a mobilidade”.

Está  tramitando na Casa, um projeto de Lei de autoria do vereador Luiz Eustáquio (PT)  que determina que 30% das concessões  dos serviços de táxis no Recife, sejam  destinadas às mulheres. “Na minha avaliação – mesmo não sendo estudioso no assunto -  faltam táxis no Recife e eu gostaria que fosse estudado com atenção este projeto de lei”.

O vereador Jaime Asfora (PMDB) ,  no  entanto,   disse que uma de suas preocupações  é com a saúde do taxista. “Uma das maiores doenças  que o profissional enfrenta  é o stress. Imagino circular pela Avenida Domingos Ferreira, no horário de pico, enfrentando o caos do trânsito. São corridas intermináveis, em que eles  também perdem dinheiro”.

 

Em 11.03.13, às 19h25.