Aerto Luna lê nota da Arquidiocese de Olinda e Recife
Ainda segundo a nota, nas declarações feitas pelo chefe da nação sobre o desaparecimento do militante de esquerda durante o regime militar, "é impossível não explicitar nossa indignação pela forma desleal, desumana e sem base na realidade, do pronunciamento do presidente". Quanto a afirmação feita por ele de que o rapaz tenha sido assassinado por militantes de esquerda, a nota é enfática: "Porque na mesma semana o Estado brasileiro declarou que Fernando Santa Cruz faleceu em razão de morte não natural, violenta, causada pelo Estado Brasileiro no contexto da perseguição sistemática e generalizada à população identificada como opositora ao regime ditatorial de 1964 a 1985".
O texto "conclama a todos e todas a vivenciarem a esperança como definida por Santo Agostinho, mãe da indignação, que nos impele a não aceitar as coisas como estão, e da coragem para mudá-las, usando todos os instrumentos democráticos para eliminar privilégio e garantir os direitos civis, sociais, econômicos e ambientais, que estão sendo usurpados, e que são indispensáveis para a construção de uma sociedade inclusiva e justa", leu o parlamentar.
O vereador Ivan Moraes (Psol) destacou que o documento da Comissão de Justiça e Paz é referência de direitos humanos, na luta contra a ditadura. “O Estado de exceção não é mais uma disputa de estado socialista ou liberal. Não esperava ter de defender um mínimo de dignidade para as pessoas. Solidariedade às famílias, especialmente a de Fernando Santa Cruz, agredida pelo despreparo daquele que ocupa a presidência da República".
Jayme Asfora (sem partido) ressaltou que a posição da Comissão é alentadora, porque é porta voz da sociedade por um país mais justo. “O presidente faz sistemática campanha contra a imprensa livre. Ele se supera cada vez mais”.
Em 07.08.2019 às 15.50