Aimée Carvalho alerta para malefícios do narguilé

“Parece inofensivo, mas fumar narguilé é como fumar cem cigarros”. Citando o slogan de uma campanha do Ministério da Saúde sobre o assunto, a vereadora Aimée Carvalho (PSB) fez uma alerta para as consequências do uso do narguilé – um cachimbo que utiliza água para o fumo de tabaco que tem se disseminado no Brasil. O pronunciamento da parlamentar ocorreu nesta terça-feira (6), no plenário da Câmara do Recife.

Em seu discurso, Aimée Carvalho lembrou a Dia Nacional de Combate ao Tabagismo, que ocorreu no dia 29 de agosto, e forneceu dados sobre o uso e os perigos do narguilé. “Apesar do número de fumantes no Brasil ter caído 30,7%, o número de adeptos ao cachimbo d’água aumentou 139%. Uma sessão de narguilé dura, em média, de 60 a 80 minutos e, durante esse período, a pessoa fica exposta aos mesmos componentes tóxicos presentes na fumaça de uma centena de cigarros, inclusive o tabaco e a nicotina. Um dos grandes riscos do narguilé é a intoxicação por monóxido de carbono”, advertiu. Ainda segundo a vereadora, além dos perigos já presentes no cigarro comum, os usuários de narguilé também estão expostos a doenças contagiosas provenientes de sua utilização coletiva, como a hepatite C e a tuberculose.

Aimée Carvalho apontou que, com a conscientização dos males do cigarro, a indústria do tabaco tenta manter sua presença no mercado a partir da diversificação dos produtos. “As alternativas, são, por exemplo, o narguilé e o cigarro eletrônico, mas ambos usam tabaco, contêm nicotina e causam dependência”, disse.

A vereadora lembrou ainda que a utilização de narguilé em locais de uso coletivo é proibida por lei e fez um apelo à população. “Em 2014, a regulamentação da Lei Antifumo proibiu o consumo de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos e outros produtos fumígenos, derivados ou não do tabaco, em locais de uso coletivo, públicos ou privados, mesmo que o ambiente esteja só parcialmente fechado. Fumar ou viver? A decisão é sua. Apague este vício e viva mais”, concluiu a parlamentar.

Em 06.10.2015 às 16h33