Aimée Carvalho comenta ação sobre aborto

Uma ação apresentada ao Supremo Tribunal Federal pela Associação Nacional dos Defensores Públicos (Anadep) pede que se dê interpretação conforme a Constituição da República aos artigos do Código Penal que tratam das hipóteses de interrupção da gravidez para os casos de infecção por Zika Vírus. A matéria, que tem a relatoria da ministra Cármen Lúcia, foi discutida na Câmara pela vereadora Aimée Carvalho (PSB) na manhã desta segunda-feira, 12. “Em documento entregue ao STF, o Senado brasileiro já se posicionou contra a liberação do aborto para mulheres grávidas infectadas pelo vírus. Permitir a interrupção da gestação nesses casos abre as portas para a seleção dos melhores indivíduos e o descarte dos que possuem características não desejadas, como afirmaram os advogados do Senado. Não podemos retroceder”, defendeu.

“Também vale a pena destacar aqui que o aborto, mesmo nestes casos, não é aceito pela população do nosso país. Este ano, pesquisa Datafolha apontou que quase 60% dos brasileiros não querem que o aborto seja liberado em casos de grávidas com Zika. Mais de 50% dos entrevistados afirmaram que mesmo que o bebê tenha microcefalia, as mães não devem ter o direito de abortar”, destacou.

A vereadora ainda repercutiu o posicionamento de outros órgãos federais. “A Advocacia-Geral da União, que defende os interesses do Governo Federal, sustenta que a interrupção da gestação seria frontalmente violadora ao direito à vida. Para a advocacia do Senado Federal, o aborto não é comprovadamente eficaz no sentido de preservar psicologicamente a saúde da mãe”.

Aimée Carvalho defendeu a importância de políticas públicas que ofereçam bem estar para as grávidas nessas condições e a necessidade de ações que promovam a inclusão das crianças. “Represento nesta Casa a voz de cada eleitor que colocou em mim o seu voto de confiança. Quero honrar a cada um dos meus eleitores me colocando de forma firme e segura contra o aborto. Não podemos admitir que a vida seja interrompida de forma arbitrária. Precisamos avançar, não retroceder”.

Em 12.09.2016, às 12h54