Aimée Carvalho destaca dia do voto feminino

O 3 de novembro representa uma dia de extrema importância às mulheres: o direito ao voto feminino. Obtido parcialmente por meio do Código Eleitoral Provisório, de 24 de fevereiro de 1932, o voto só era permitido apenas às mulheres casadas (com autorização do marido), viúvas e solteiras com renda própria. Diante da relevância do tema, a vereadora Aimée Carvalho (PSB) fez questão de subir à tribuna de hoje, 11, para celebrar a data.

“Nós vereadoras não poderíamos deixar de lembrar uma data tão significativa para nós mulheres. A decisão aconteceu após anos de reivindicações das brasileiras que tinham o desejo de ir às urnas e contribuir para o processo político do país. O primeiro voto feminino no Brasil aconteceu realmente três anos antes, em 1927, na cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte. A professora Celina Guimarães foi a primeira eleitora do País. Porém, foi no governo Getúlio Vargas que o voto feminino começou a ser efetivamente liberado. O cenário político desfavorável para a mulher brasileira já foi bem pior, pois somente de 80 anos para cá com a instituição do direito ao voto feminino é que elas foram autorizadas a chegar perto de uma urna eleitoral”, disse.

Aimée Carvalho também lembrou que as restrições ao pleno exercício do voto feminino só foram eliminadas no Código Eleitoral de 1934. Ela ainda pontuou a importância da representação feminina no parlamento.  “No entanto, o código não tornava obrigatório o voto feminino. Apenas o masculino. O voto feminino, sem restrições, só passou a ser obrigatório em 1946. Apesar da vitória no voto, a mulher ainda tem muito espaço para conquistar na sociedade.  Portanto, é importante comemorar essa data,  as lutas pelos direitos da mulher ainda devem continuar. A nossa participação no parlamento brasileiro é em média de 10% e 11%, o que é pouco se comparado ao fato de que somos 52% do eleitorado. Então, precisamos ainda de outras reformas e medidas para que a mulher esteja definitivamente inserida nos espaços de poder deste país”, concluiu.

 

em 11.11.2014, às 17h31