Aimée Carvalho discute violência contra as mulheres

“Maria Alice, não será a última, a jovem irá fazer parte das estatísticas e de percentuais de mulheres mortas por quem as protegem em seu próprio convívio.Estudos apontam que a maior parte dos agressores convive com as vítimas: padrastos, pais, tios, irmãos, primos e amigos. Muitas vezes, as vítimas fazem sinais, mas são interpretados como demonstração de carinho”.

A vereadora lembrou que Pernambuco ocupa o décimo lugar no país onde mais se mata mulheres. Em 2014, foram prestadas 11 mil 665 queixas nas dez delegacias da mulher, que funcionam no Estado. “Serviços psiquiátricos de órgãos públicos colecionam relatos igualmente dramáticos de violência doméstica, desde situações de exploração sexual até de abortos, provocados por surras de companheiros e maridos”.

Aimée Carvalho citou ainda o trabalho executado pelo Grupo Cidadania Feminina, que atua no Alto José Bonifácio, na Zona Norte do Recife. “O mecanismo utilizado por elas é simples. Se uma mulher apanha, dá o sinal com um apito. De repente, as outras da comunidade dão o mesmo alerta. Fazem um barulho tão grande, que terminam por inibir a ação do agressor.

No começo, os homens do bairro encaravam a ação com chacota. Hoje, muitos já respeitam e mudaram de comportamento. Até o momento, mais de 50 mil apitos já foram distribuídos. E a prática está sendo implantada em bairros populares de outros estados nordestinos. Por fim, deixo aminha mensagem dizendo que a violência destrói o que ela pretende defender: a dignidade da vida e a liberdade do ser humano”.

Em 29.06.15 às 16h40.