Alimentação para diabéticos nas escolas é objetivo de Menudo

Está em tramitação em três comissões - de Legislação e Justiça; Higiene, Saúde e Bem Estar Social; Finanças e Orçamento e de Educação -, o projeto de lei 143/2013, do vereador Estéfano Menudo (PSB), que pretende distribuir nas escolas públicas da rede municipal de ensino do Recife, alimentação diferenciada para diabéticos e hipertensos. “Entende-se por ‘alimentação diferenciada’, o mesmo tipo de alimento fornecido aos demais alunos, porém, com quantidade reduzida, parcial ou totalmente, de açúcar e sódio”, frisou Menudo. Ainda de acordo com o vereador, as informações referentes ao quantitativo de alunos portadores das patologias serão prestadas no ato da matrícula ou pelo responsável, se comprovada a incapacidade relativa ou absoluta.

Estéfano Menudo fez questão de ressaltar que o objetivo do projeto de lei tem caráter preventivo. “Sobretudo porque propõe que as instituições escolares da rede municipal de ensino do Recife ofereçam alimentação diferenciada para diabéticos e hipertensos, evitando que estas patologias se agravem ainda mais quando da vida adulta, motivado por hábitos alimentares irregulares”. Segundo o vereador, o projeto está amparado no disposto do artigo 134, inciso V, da Lei Orgânica do Recife, quando trata do dever do estabelecimento do município para com a educação. “O atendimento ao educando no ensino fundamental e na educação pré-escolar, segundo a legislação, deve ser feito através de programas suplementares de material didático-escolar, alimentação, transporte e assistência à saúde”, disse.

De acordo com o conteúdo da matéria, as doenças circulatórias são um grande problema de saúde pública no Brasil. Atualmente, calcula-se que a hipertensão arterial aflige mais de 10% da população e que existem cerca de 10 milhões de pessoas com diabetes. Desse total, 50%  desconhecem sua condição e acabam descobrindo a doença em estágios avançados, o que dificulta o tratamento. “O exagero na alimentação tem um preço. Essas patologias que antigamente atingiam idosos, hoje viraram epidemias e estão entre adolescentes e até crianças. Os números impressionam. Entre a população adulta, são mais de 30 milhões de hipertensos. E os diabéticos já passam a 12 milhões. Tanto a hipertensão como o diabetes são doenças crônicas: elas não têm cura, mas podem ser controladas com medicamentos e bons hábitos de vida, como exercícios físicos, alimentação regrada, sem cigarros e bebida alcoólica. Do contrário, as duas doenças costumam ter graves consequências”, enfatizou.

Em 15.07.2013 às 09h42.