Aline cobra contratos superfaturados na gestão passada

Aline Mariano (PSDB) cobrou da gestão passada respostas sobre pedidos de informação, realizados à época, sobre contratos firmados com empresas para fornecimento de material escolar, com superfaturamento que chega à casa dos 455%, em alguns itens. Ela repercutiu reportagem veículada neste final de semana na imprensa dando conta desses contratos, e lembrou que já vinha cobrando da gestão anterior respostas sobre o superfaturamento na educação. Segundo ela, "as operações de empenho poderiam ter chegado a quase R$ 91 milhões se uma investigação do TCE, iniciada em 2011, não tivesse resultado na suspensão, este mês, dos R$ 21,7 milhões que encontravam-se pendentes".

Aline Mariano considera que os contratos deveriam ter sido suspensos e revistos por esta nova gestão. Ela disse que já havia chamado a atenção do prefeito atual para o fato desses contratos estarem superfaturados e sem licitação. Deu exemplo da caixa de lápis de cor com 12 unidades que subiu 252%, lembrando que custam cerca de R$ 1,75 no mercado e a prefeitura pagou R$ 6,00.

Jairo Britto (PT) defendeu as gestões passada e atual afirmando que as duas têm por princípio o zelo pela legalidade e transparência. Segundo ele, foi na gestão do ex-prefeito que se criou o portal da transparência e a controladoria. Considerou importante debater o assunto, mas alertou que é preciso não julgar antes do tempo, sendo necessário o processo ir até o fim para se tomar alguma posição.

Raul Jungmann (PPS) considerou que diante da gravidade do assunto iria tomar três medidas, tais como entrar com liminar para suspender os contratos, pedir investigação ao Ministério Público e finalmente solicitar à Jucepe - Junta Comercial - o nome dos sócios para saber se estas empresas prestam serviços em outros órgãos com nome de sócios diferentes.

Priscila Krause (DEM) lamentou o fato de estar falando sobre superfaturamento no lugar de debater a qualidade do ensino, mais importante para a sociedade. “Não vemos medidas à vista com fato tão grave de desperdício do dinheiro público”.

 

Em 27.05.2013, às 18h27.