Aline Mariano defende mudanças na contratação de temporários

A Câmara do Recife aprovou nesta segunda-feira (26), em primeira e segunda discussões, o projeto de lei de autoria do Poder Executivo nº 03/2018, que estende os prazos dos contratos de servidores municipais temporários de dois para quatro anos, prorrogáveis por mais quatro. A iniciativa foi motivo de debate entre os parlamentares – e levou a vereadora Aline Mariano (MDB) a fazer um discurso na tribuna da Casa. A parlamentar defendeu a mudança que impacta diversas áreas, mas que levantou especial interesse sobre as contratações para a rede pública municipal de ensino.

Em sua intervenção, Aline Mariano se referiu diversas vezes aos professores temporários que ocupavam parte das galerias do plenário. De acordo com ela, a alteração não vai prejudicar o ensino municipal. “Aqui não tem vereador contra a educação. Vereador nenhum desta Casa deixou de votar aqui matérias de interesse do trabalhador. Nós somos a favor de concurso público. Mas essas pessoas, que estão aptas a concorrer, não têm culpa se a gestão não realizou. Dizer que estas pessoas não foram avaliadas é incorreto. Elas foram selecionadas porque têm competência. Não estamos falando sobre ser contra ou a favor de concurso. Está a caminho um concurso público que vai se dar neste ano. Temos que ter discernimento.”

Em um aparte, o vereador Eriberto Rafael (PTC), líder do governo na Casa, concordou com a colega – e citou números que demonstrariam o interesse da gestão atual na realização de concursos públicos. “Já foram nomeados 1350 professores contratados por concurso público e 678 guardas municipais. Isso prova que existe um compromisso com o servidor público. Mas aqui também temos famílias, trabalhadores que honram o seu trabalho. O contrato temporário é importante porque são trabalhos com começo, meio e fim. Eles sabem que cada atividade desenvolvida por eles tem meio e tem fim.”

Contrário à proposta, o vereador Ricardo Cruz (PPS) falou, também em um aparte, sobre a importância do serviço público efetivo na área da educação. “Eles têm um prazo. Exigimos o concurso público porque não adianta ter dois, quatro anos e depois ir para a rua da amargura. Os professores merecem a estabilidade.”

Em 26.03.2018, às 17h37