Almir Fernando debate ações em pontos de risco nos morros
Com o plenarinho lotado de pessoas que residem em comunidades que podem ser identificadas como “setores de risco”, a audiência pública contou com a presença do secretário Executivo de Defesa Civil, coronel Cassio Sinomar; e do gerente geral de Encostas da Autarquia de Urbanização do Recife (URB), Paulo Brito. Os números apresentados dizem o seguinte: o Recife tem 677 áreas de riscos, das quais 104 são consideradas prioridades pela Defesa Civil. Todo ano, de acordo com os dados, a Prefeitura realiza 50 mil vistorias (idas e vindas às áreas de risco, com manutenção).
Este ano, a Defesa Civil já realizou 9.841 ações do tipo porta a porta e 215 educativas (em escolas). Já foram instalados 1.735.443 metros quadrados de lona nos morros. Mas a “menina dos olhos” da Defesa Civil tem sido o Programa Parceria nos Morros, em que o poder público entra com o projeto, com técnicos e engenheiros, com o material, e a população, com a mão de obra. Há 482 obras de parcerias em execução desde 2014, das quais 33 foram concluídas, beneficiando 641 famílias. “A população realiza as obras de pequeno e médio portes e a execução é muito mais ágil”, afirmou o coronel Cassio Sinomar.
Segundo ele, desde o início do ano a Defesa Civil vem se organizando para enfrentar o período chuvoso. “Fazemos as vistorias, aplicações de geomantas, colocação de lonas e essas ações de parceria. Estamos prontos para enfrentar o período que se aproxima. Nos últimos anos, o Recife tem registrado cada vez menos deslizamentos e acontecimentos trágicos”, disse o coronel. Ele elogiou a iniciativa do vereador Almir Fernando, de realizar a audiência pública. “Foi uma oportunidade para mostrarmos as ações e também esclarecer as pessoas que elas devem ter consciência de sua segurança e dos seus familiares”, observou.
O gerente geral de Encostas da Autarquia de Urbanização do Recife (URB), Paulo Brito, disse que trabalha em conjunto com a Defesa Civil. “Ela fornece as prioridades de obras nas encostas e nós executamos, sobretudo nas áreas de risco”, disse. São, basicamente, obras de contenção de barreiras, que dependem de recursos do Ministério do Desenvolvimento Regional. “Temos um convênio com o Governo Federal na ordem de R$ 150 milhões. Trabalhamos em 12 lotes de ruas e três deles estão em execução. Os três lotes preveem 25 obras e, dessas, 24 já foram concluídas, a outra está em andamento”, disse. Outros nove lotes de rua, com previsão de obras, aguardam liberação de recursos do Ministério.
Em 30.05.2019, às 16h34