Almir Fernando diz que indústria do fake news desvirtuou discussão de projeto

Membro do PCdoB na Câmara Municipal do Recife, o vereador Almir Fernando (PCdoB) leu em plenário, na reunião desta quarta-feira (21), nota em defesa do deputado federal Orlando Silva, também PCdoB, autor do projeto de lei 3369/2015, que cria o “Estatuto da Família do século 21”. O vereador leu na íntegra o texto cujo título é ‘Amor, Ódio, Pós-verdade e Democracia’ e afirmou: “A indústria de fake news nas redes sociais, em grande medida responsável pela intoxicação do ambiente político e pela manipulação da opinião pública que resultou na eleição de Bolsonaro, continua funcionando a pleno vapor”.

Almir Fernando disse, também , durante a leitura da nota:  “O método vil de disputa política, com mentiras irresponsáveis produzidas por falsos veículos de informação e massificadas por exércitos de robôs e mercenários das redes, tem sido largamente utilizados pela extrema-direita para distorcer a realidade e estigmatizar adversários”. O texto diz, ainda, que o projeto de lei 3369/201 ‘homenageia o amor’ ao propor que sejam considerados como núcleos familiares “todas as formas de união entre duas ou mais pessoas que para este fim se constituam e que se baseiam no amor e na socioafetividade independentemente de consaguinidade, gênero, orientação sexual, nacionalidade, credo ou raça”.

A nota do deputado federal  lida pelo vereador diz, ainda, que “a infame fake news, que visa atingir a mim (no caso, o deputado federal Orlando Silva), meu partido, e suas lideranças políticas, afirma de maneira mentirosa que o projeto ‘permite casamento entre pais e filhos’ o que obviamente seria uma insanidade. É o típico truque para falsificar um tema em debate. Quando o projeto de lei diz: ‘independentemente de consanguinidade’, está se referindo às milhares de famílias, sejam de casais héteros ou homoafetivos, formadas a partir do generoso ato de adoção legal de crianças e que podem ser discriminadas como autênticas famílias”.

Diz, ainda , a nota lida pelo vereador que “é estarrecedor  que grupos se aproveitem da religiosidade do povo brasileiro para semear esse tipo de acusação infundada e nojenta. O interesse, por óbvio, era alimentar a usina de fake news bolsonarista, plantar o ódio, bem ao estilo dos métodos de repetição da mentira para fabricar uma verdade. Em tempos de ‘pós-verdade’, quando para se formar convicções os fatos pesam menos que as emoções e visões particulares de mundo, manipular através da pregação da mentira é uma prática cotidiana’.


Em 21.08.2019, ás 17h05.