Almir Fernando faz audiência sobre abastecimento d’água na Zona Norte
O vereador ressaltou que chamou os técnicos para que eles pudessem explicar o que está sendo feito e as razões pelas quais tanta gente fica sem água, especialmente na Zona Norte. Os morros da região somam cerca de 300 mil habitantes e representam 7,5% do território do Recife. “Não adianta a gente só criticar. É preciso ouvir o que estão fazendo também. Como parlamentar e morador do Alto José Bonifácio, sei que tem muita coisa para se reivindicar. Uma delas são as tubulações. É uma informação dos próprios técnicos de que há necessidade de melhorar isso. Já cobrei pessoalmente ao governador e ele disse que está sendo feita a licitação.”
Segundo o gerente regional Aprígio Cunha, a principal dificuldade no abastecimento das áreas de morro é a defasagem da infraestrutura em relação ao crescimento populacional. De acordo com ele, as barragens que servem o Recife estão bem abastecidas – o problema é a rede de distribuição.
“É uma rede antiga, que foi feita muitas vezes de forma desordenada. Estamos com obras lá, e uma delas é estruturadora: é a setorização dos morros”, anunciou Cunha. “Isso vai, de fato, resolver o problema. Dividimos os morros em quatro áreas e já conseguimos recursos para fazer isso em duas delas. Com certeza, a água que estava sendo desperdiçada vai para essas duas outras. E há também um grande investimento em poços, o que vai melhorar muito a situação.”
O engenheiro da Compesa Daniel Genuíno deu mais detalhes sobre a intervenção. “A setorização significa isolar a rede da parte alta da parte média e aumentar a tubulação, trocar os canos. Isso foi feito em 1980 e 1990, mas de lá para cá não. A rede cresceu e foi misturada, e por isso a água que está embaixo não sobe. Conseguimos os recursos para a parte referente ao morro Vasco da Gama. Toda ela custa R$ 60 milhões, conseguimos R$ 38 milhões. A ordem de serviço será assinada daqui a 30 dias.”
Os recursos para a obra, que deve ser finalizada em dois anos, foram captados pela Caixa Econômica Federal. “Nesses dois anos, a Compesa está pronta para ouvir a comunidade e resolver os problemas enquanto a obra não estiver totalmente concluída”, acrescentou Daniel Genuíno.
Em 20.06.2019, às 17h03