Ana Lúcia celebra Dia da Empregada Doméstica e Dia da Educação

A Câmara do Recife aprovou nesta quarta-feira (26) dois votos de aplauso de autoria da vereadora Ana Lúcia (PRB) em homenagem a datas comemorativas. A parlamentar fez requerimentos para celebrar o Dia da Empregada Doméstica, que acontece no dia 27 de abril, e o Dia Internacional da Educação, comemorado no dia 28 deste mês. Professora e presidente da comissão permanente que trata da educação na Casa de José Mariano, Ana Lúcia distribuiu aos colegas papeis com citações sobre o tema.

A vereadora subiu à tribuna para discutir os requerimentos de votos de aplauso. Ao falar das empregadas domésticas, ela ressaltou as conquistas e desafios do setor. “A trabalhadora doméstica está em nossos lares e cuida das nossas casas para que as mulheres se empoderem. Essa categoria tem alcançado muitas conquistas, mas ainda tem muito a conseguir. Essa trabalhadora foi afetada pela crise e muitas delas perderam seus empregos.”

Ao falar do Dia da Educação, Ana Lúcia recuperou a história da data, criada durante o Fórum Mundial da Educação no ano 2000. Na ocasião, foram estabelecidas metas a serem cumpridas até 2015 pelos 180 países signatários de um documento de compromisso. “Não precisamos dizer que não avançamos muito. Basta ver que a maioria dos vereadores que aqui estão quando vêm a esta tribuna fala sobre educação e a importância de nos debruçarmos sobre políticas públicas. A educação é um direito fundamental de todos os brasileiros e um dever do Estado. É o que está escrito na Constituição.”

Diversos vereadores se pronunciaram para cumprimentar Ana Lúcia pelos requerimentos. Muitos se referiram aos textos entregues pela parlamentar – a maioria era de autoria do pedagogo Paulo Freire, mas também foram citados nomes como o do filósofo Jean-Jacques Rousseau.

Para o vereador Rinaldo Júnior (PRB) é importante homenagear as trabalhadoras domésticas, que recentemente tiveram acesso a direitos trabalhistas antes negados.“É uma trabalhadora que teve seu direito reconhecido há cerca de dois anos. Elas estavam à margem da escravidão.”

O vereador Renato Antunes (PSC) foi um dos que citou uma das frases distribuídas por Ana Lúcia. “Como vice-presidente da comissão, gostaria de parabenizar a senhora pelos requerimentos. Paulo Freire falou: ‘se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda’.”

O pacifista Nelson Mandela foi levado ao plenário pela voz do vereador Almir Fernando (PCdoB). “A educação é a arma mais poderosa que você usar para mudar o mundo.”

A homenagem às domésticas também foi bem vista pela vereadora Aimée Carvalho (PSB). “Quero parabenizar o voto de aplauso que Vossa Excelência concede às empregadas domésticas. Essa profissional é aquela que cuida com carinho da nossa casa e filhos quando não estamos presentes.”

O vereador Ricardo Cruz (PPS) congratulou Ana Lúcia pelos votos de aplauso e citou Paulo Freire. “Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo.”

Aderaldo Pinto (PSB) foi outro vereador que se sentiu contemplado pela homenagem às trabalhadoras domésticas feita na ocasião. “As empregadas domésticas são pessoas tão importantes que não consigo chamá-las assim. Silvio Santos não fala em empregada, mas em colegas de trabalho. É assim que elas deveriam ser chamadas.”

O vereador Antonio Luiz Neto (PTB) frisou a seriedade da educação e a importância do seu gerenciamento adequado. “Nós sabemos o quanto a educação merece ser respeitada e levada a sério. Infelizmente, no nosso país muita gente acha que entende de educação e nos últimos anos tem se proliferado uma situação de colocar essas pessoas para gerir o destino da educação no Brasil. Estamos, talvez, na quarta geração de pessoas despreparadas, que apenas receberam um diploma. É preciso reagir.”

Uma citação do pedagogo Danilo Dias Leal foi escolhida pelo vereador Jairo Britto (PT), numa crítica à emenda constitucional que congelou gastos do Governo Federal. “‘A Escola da PEC 241, sem Filosofia e Sociologia, será uma Escola sem Paulo Freire, sem a Pedagogia da autonomia.’ Isso é muito verdadeiro: sem essas disciplinas, crianças e adolescentes não terão a oportunidade de vivenciar conteúdos programáticos que contribuem para a consciência crítica.”

Em 26.04.2017, às 18h16