Ana Lúcia cobra ações do Executivo para evitar acidentes em escolas

A vereadora Ana Lúcia (PRB) demonstrou preocupação com a possibilidade de desastre em algumas unidades de ensino da rede pública municipal do Recife. Após um discurso realizado durante o pequeno expediente desta segunda-feira (11), a parlamentar voltou à tribuna da Casa de José Mariano durante o grande expediente para aprofundar o debate sobre o tema.

Ao retomar o assunto, Ana Lúcia citou o incêndio no centro de treinamento do Clube de Regatas do Flamengo, que deixou dez pessoas mortas no Rio de Janeiro. A vereadora usou a tragédia como exemplo para fazer um alerta para os problemas da rede escolar da capital pernambucana. Ela chamou a atenção para o caso de três escolas que apresentariam riscos iminentes ou condições insalubres: a Escola Municipal Doutor Ebenézer Gueiros, na Iputinga; a Escola Municipal Boa Esperança, no Vasco da Gama; e a Escola Municipal Paulo VI, na Linha do Tiro.

“Estudantes são vidas. Quando falamos em escolas, falamos da guarda temporária dessas vidas. Os profissionais lutam muito para que a escola seja um ambiente digno, mas a realidade é muito diferente. Elas oferecem, na verdade riscos – e de morte”, afirmou Ana Lúcia. “Na Escola Ebenézer Gueiros, a laje está escorada por barras de ferros. Se os pais não denunciassem os alunos estariam em risco. Depois a Secretaria transferiu, mas isso é um paliativo. Há um material vasto de todas as unidades e suas condições precárias. A gestão não vai poder dizer que esta Casa não cobrou.”

Em seu pronunciamento, a parlamentar defendeu a readequação da rede de ensino e o fechamento de unidades que apresentem perigo à comunidade escolar. Ela anunciou, ainda, que vai fazer três pedidos de informação à Prefeitura: um sobre as ações feitas nas escolas para o início do ano letivo, outro sobre a entrega de material e uniformes escolares, e um terceiro sobre a climatização das unidades.

Em um aparte, o vereador André Régis (PSDB) falou sobre o mapeamento feito pelo projeto Raio-X das Escolas, de responsabilidade de seu mandato. “Há seis anos, denunciamos essas condições inaceitáveis na cidade do Recife. Existem escolas que são casas alugadas pela Prefeitura e que ela resolveu chamar de escola. Temos 13 escolas em áreas de risco. Não queremos fechar escolas, mas readequar a rede fechando o que não se pode chamar de escola.”

O vereador Renato Antunes (PSC) afirmou que existe uma diferença entre a propaganda institucional do Executivo e as condições reais das unidades de ensino. “A escola do futuro anunciada nos jornais não é a escola da realidade. No Conselho Municipal de Educação existe uma verificação para as escolas particulares que deveria ser aplicada às públicas. Existe um discurso que é diferente da prática. É preciso que se tomem providências. Espero que a Prefeitura tenha a humildade escutar a voz desta tribuna e de pensar nas famílias.”

Em 11.02.2019, às 17h25