Ana Lúcia concede Medalha à juíza Marylusia Feitosa

A luta para conter a violência contra a mulher deve ser bandeira de todos, mulheres e homens que se importam com a causa. Para ser justa, a vereadora Ana Lúcia (Republicanos), concedeu a Medalha de Mérito José Mariano, a mais alta comenda da Casa, à juíza Titular da 2ª Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher do Recife, Marylusia Feitosa, desde 2012. A honraria foi entregue na tarde dessa quinta-feira (28), na Câmara do Recife, em reunião solene presidida pelo vereador Eduardo Marques, presidente da Casa. Pernambuco tem 10 Varas, três delas em Recife que tratam da violência doméstica familiar.

Ana Lúcia fez discurso contundente em defesa da luta contra a violência que atinge as mulheres, especialmente no Brasil, incentivando às pessoas inconformadas com todas as formas de injustiça, para expressar reconhecimento às pessoas que se empenham na luta por uma determinada causa. “Precisamos reconhecer o valor das pessoas que lutam ao nosso lado, mesmo em espaços diferentes dos nossos, com linguagens e atuações diferentes”.  Ela disse que enquanto vivemos os 16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, nada mais justo que expressar nosso reconhecimento a quem faz esse enfrentamento. “A juíza tem o olhar focado também no homem que pratica a violência como forma de combater as agressões”.

A juíza Marylusia Feitosa lembrou o trabalho de José Mariano como líder abolicionista e a luta dele por aquela causa, e a necessidade da lutar continuar porque o racismo ainda existe. Da mesma forma lembrou que os homoafetivos também são discriminados pelas escolhas que fazem. Tudo isso para falar das dificuldades que muitas mulheres enfrentam em virtude da violência que sofrem em suas próprias casas. Disse que abraçou a carreira de juíza porque queria ser servidora pública, pois seu objetivo era servir à comunidade.

Marylusia Feitosa destacou que a atuação da Vara vai além da mulher que sofre a violência, buscando trabalhar também a família e os homens. Ressaltou que as equipes multidisciplinares criaram dois programas, o Novo Acolher, para as mulheres, e o Novo Horizonte, para os homens que têm medidas protetivas com acusação de violência contra a mulher. “Dessa forma é possível trabalhar o entorno da violência. É preciso cada vez mais trabalhar com os homens que não são machistas porque trazem informações do universo masculino”.

 

 

Em 28.11.2019 às 20h21.

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