Ana Lúcia critica pontos da Reforma da Previdência

As mudanças propostas pela Reforma da Previdência Social vão representar um retrocesso aos direitos das mulheres – e, em especial, das professoras. Foi essa a posição que a vereadora Ana Lúcia (PRB) levou à tribuna da Câmara do Recife nesta terça-feira (30), durante a reunião plenária. De acordo com ela, o aumento nas idades mínimas de aposentadoria vão acentuar desigualdades.

Caso seja aprovada, a PEC 6/2019 vai aumentar a idade mínima das trabalhadoras urbanas de 60 para 62 anos, e de 55 para 60 anos no caso das trabalhadoras rurais. A proposta de emenda constitucional mantém a aposentadoria especial do magistério, mas vai adotar uma idade mínima de 60 anos para professores de ambos os sexos – anteriormente, a idade mínima para professoras da rede pública era de 50 anos.

Ana Lúcia iniciou seu discurso repercutindo os protestos contra a Reforma que vão acontecer na próxima quarta-feira (1º), Dia do Trabalhador. “É fato que nós não temos muito que comemorar. Amanhã é dia de protestar e dizer que a situação não está nada fácil. No Congresso, tramita uma Reforma da Previdência que é necessária, mas que maltrata sobretudo nós, mulheres.”

Na tribuna, a vereadora explicou por que considera injustas as mudanças. “É a mulher que, em várias situações, abdica do direito de trabalhar, como quando vai cuidar dos filhos. Com isso, passamos menos tempo no mercado de trabalho e o nosso tempo de contribuição fica menor. Assim, a Reforma nos ataca profundamente. E, para as professoras, o ataque é ainda maior. Hoje, temos a garantia da aposentadoria especial. Trabalhar na rede de ensino nesta cidade não é para qualquer um. O contexto de sala de aula é insalubre.”

Em 30.04.2019, às 16h35