Ana Lúcia discute violência no ambiente escolar

A insegurança vivida no ambiente escolar por professores e profissionais de educação foi tema de um discurso proferido pela vereadora Ana Lúcia (PRB) nesta segunda-feira (25). A parlamentar se pronunciou na Câmara do Recife após a leitura, no plenário, do projeto de lei do Executivo que trata do reajuste salarial dos servidores municipais.

Segundo Ana Lúcia, as melhorias no setor de educação não estão restritas a questões remuneratórias. A vereadora citou casos de violência que ocorreram recentemente em São Paulo e no município pernambucano do Ipojuca. “A nossa luta não é apenas pela melhoria dos salários, mas pelas condições de trabalho e segurança. Nas últimas semanas, diversas reportagens trataram de professores agredidos dentro das escolas. Quem está lá sabe o quanto é difícil conduzir estudantes nas unidades.”

A parlamentar criticou, ainda, a falta de ações públicas que lidem com o problema. “É uma forma de violência muito cruel porque o professor se sente sozinho. Não existe uma política que cuide e dê segurança ao profissional que está em sala de aula. Além de estar em um ambiente insalubre, ele não tem o apoio da gestão. É preciso pensar numa cultura de paz nas escolas. As famílias precisam ser chamadas à responsabilidade e fazerem sua parte. Os professores estão largados e desprotegidos.”

Em um aparte, o vereador André Régis (PSDB) lamentou que a autoridade dos professores não esteja sendo respeitada. “A Câmara do Recife é responsável pela fiscalização do sistema escolar. Isso é prerrogativa e obrigação nossa. Eu sou professor há 25 anos e seu que, para que uma pessoa possa entrar numa sala de aula, é preciso que haja pré-condições de infraestrutura ofertadas dentro de uma relação de respeito. O professor é a autoridade máxima em uma escola e ele deve ter o devido da comunidade dos pais, dos alunos e da sociedade como um todo.”

O vereador Carlos Gueiros (PSB) argumentou que a questão é generalizada na sociedade brasileira. “Eu acho que esse problema não é privilégio de escola pública, nem do município, nem de Pernambuco. É do Brasil inteiro. É um problema de educação familiar. No meu tempo e no dos meus filhos, isso não acontecia. Nas escolas particulares hoje isso acontece também. Se os filhos não respeitam os pais, a quem mais vão respeitar? Precisamos melhorar a educação e o respeito. A licenciosidade e a inversão dos valores causam esse tipo de coisa.”

Em 26.06.2018, às 16h51