Ana Lúcia faz cobrança por educação em Passarinho

A falta de vagas na rede pública municipal de ensino que tem afetado a comunidade de Passarinho, na Zona Norte do Recife, foi alvo de um debate na Câmara Municipal nesta quarta-feira (14). O tema foi levado à tribuna pela vereadora Ana Lúcia (PRB), que fez um alerta para a persistência do déficit de vagas na cidade. A parlamentar repercutiu o protesto contra o problema realizado pela comunidade na terça-feira (13).

Em seu discurso, Ana Lúcia teceu críticas à entrega, sem o oferecimento de serviços públicos adequados, do conjunto habitacional da comunidade que hoje abriga mais de 300 famílias. “Ontem, a comunidade do Passarinho fez um protesto legítimo e quem viu percebeu a angústia daqueles moradores. Estão fora da escola 90 crianças e a justificativa é que estão procurando um prédio. Eu não consigo entender: como faço e entrego um habitacional e não tenho nenhuma estrutura? Criança fora da escola é crime. Hoje, estão fora da escola na cidade 1600 crianças. Essa é uma pauta que não pode esperar.”

Em um aparte, o vereador Ivan Moraes (PSOL), lamentou a falta de políticas públicas voltadas para a população de Passarinho. Ele lembrou as cobranças não atendidas feitas por um grupo organizado de mulheres da comunidade no ano passado, em uma audiência de iniciativa de seu mandato. “A comunidade de Passarinho está na divisa com Paulista e Olinda e, muitas vezes, sofre um apagão do Legislativo, que não chega até lá. O Espaço Mulher organizado lá demandou, em uma audiência pública, ações de diversas secretarias, mas hoje essas demandas já fazem aniversário. No dia 23 de maio, vai fazer um ano que elas estão sem uma resposta da Prefeitura. O nosso déficit na educação não é de hoje e a comunidade de Passarinho é um símbolo da falta de atenção.”

Segundo o líder do Governo na Câmara, vereador Eriberto Rafael (PTC), é preciso analisar o déficit de vagas da rede de ensino na perspectiva da redução ocorrida nos últimos anos. “Era um déficit de mais de três mil vagas e que foi reduzido. A solução não vem por mágica. A Prefeitura vem fazendo reformas que buscam ampliar os espaços das escolas para que elas possam receber mais alunos. Foram entregues 16 creches-escolas e cinco novas sedes. Temos investido na educação, em todos os anos da gestão de Geraldo Julio, sempre acima do limite constitucional. O trabalho tem sido feito. Cabe também ressaltar o número enorme de crianças que, devido à crise, migraram para a escola pública.”

Em 14.03.2018, às 17h39